Energias Renováveis

Dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT) apontam que as energias renováveis atualmente geram mais empregos que a indústria de combustíveis fósseis. Essas duas organizações, em conjunto com o Worldwatch Institute, estimam que haverá um crescimento no mercado de energias renováveis em todo o mundo de US$ 630 bilhões até 2030. Se esta projeção for concretizada, serão gerados ao menos 20 milhões de empregos diretos e indiretos, com 2 milhões no mercado de energia eólica e 6 milhões em energia solar.

Comparativo de produção energética


Fonte: Internacional Energy Agency –  ESP – Balanço Energético 2013

Biomassa

Por meio da queima do bagaço da cana, empresas do setor sucroalcooleiro disponibilizam quantidades significativas de excedentes de eletricidade para venda à rede de transmissão. Segundo o Resumo Executivo de Energias Renováveis, publicado pela Secretaria de Energia (SE), existem atualmente 192 usinas de cogeração operantes em São Paulo, o que corresponde a 52% do total de empreendimentos e 53% da potência instalada do País (2° trimestre de 2013).

Em 2009, a bioeletricidade sucroenergética, produzida a partir do bagaço e da palha da cana, respondia por 3% da matriz elétrica do País. Entre 2015 e 2016, estima-se que esta participação possa chegar a 11%, com 8.158 MW. Entre 2018 e 2019, terá condições de atingir a capacidade da usina de Itaipu: 14 mil MW (SE – 2011).

Hidroeletricidade

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Estado de São Paulo possui capacidade instalada de 14.204,3 MW, com um sistema hidrelétrico composto por 102 unidades em operação, sendo 25 Centrais de Geração de Energia (CGHs), 48 Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e 29 Usinas Hidrelétricas de Energia (UHEs), o que corresponde a 19,9% do total da capacidade instalada no Brasil (2013).

Energia solar

O Estado de São Paulo possui radiação solar de aproximadamente 512 TWh/ano. Trata-se de um enorme potencial a ser explorado, tanto com a multiplicação de painéis solares em residências, como com a instalação de fazendas de energia solar. Atualmente, apesar da ampla possibilidade de aplicação desse tipo de tecnologia, no Estado de São Paulo ela se manifesta de forma tímida, basicamente em aplicações residenciais sem ligação com a rede de transmissão.

Energia eólica

Algumas das maiores empresas do setor eólico encontram-se no Estado de São Paulo, como a Wobben Windpower e a Tecsis, que estão também entre as mais antigas, tendo iniciado suas operações em meados da década de 1990. Conforme o Atlas Eólico do Estado de São Paulo (Aeesp), o potencial eólico total do Estado, a uma altura de 100 metros, considerando velocidade de ventos acima de 6,5 m/s, é de 4.734 MW, ocupando uma área de 1.134 km², com uma estimativa de geração anual de quase 13 mil GWh e um fator de capacidade médio de 31,3% (Aeesp - 2012)

Resíduos sólidos

O Brasil produz 195 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos (lixo) por dia. Deste total, de acordo com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), uma média de 27 mil toneladas são recolhidas diariamente das residências do Estado de São Paulo. Embora o excesso de lixo seja um problema, seu manejo, se devidamente administrado, pode se transformar em solução. O gerenciamento integrado de resíduos sólidos urbanos pode conservar e gerar energia.

O Estado de São Paulo gera atualmente 62 megawatts (MW) de biogás de aterros sanitários. De acordo com o estudo Matriz Energética do Estado de São Paulo 2035, que trata dos cenários de geração e consumo de energia nas próximas duas décadas, a produção de energia a partir de resíduos sólidos urbanos em 2015 deverá ser de 74 MW em 2020. Já a partir do biogás de aterros serão produzidos 72 MW em 2015 e 86 MW em 2020. Caso fosse totalmente aproveitado, estima-se que o potencial de geração de energia de todo o lixo seria suficiente para abastecer em 30% a demanda de energia elétrica atual do Brasil.

Por que investir em energias renováveis
no Estado de São Paulo?

  • Matriz energética 55% renovável.
  • Incentivos governamentais para geração de energia limpa.
  • Vantagens competitivas para produção de biomassa.
  • Potencial para geração de energia solar e eólica.
  • 19,9% do total da capacidade de geração de energia hidrelétrica no Brasil

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