Agronegócios
As cidades paulistas despertam para mais um dia. Enquanto isso, no campo, o trabalho começou logo ao raiar do sol. Além de possuir um perfil altamente urbanizado, São Paulo também é um lugar de forte produção rural. Pertence ao estado o título de principal produtor e exportador agrícola do Brasil. O sucesso dos agronegócios paulistas vem de longa data. A cadeia produtiva do estado alia tradição com pesquisa e tecnologia avançadas.
O Estado de São Paulo dispõe de um moderno sistema agroindustrial, sendo o maior do Brasil e um dos mais expressivos do mundo. Possui um território de 24,8 milhões de hectares de clima tropical, solo fértil e água abundante, no qual 8,8 milhões (35,55%) são utilizados pela agricultura e 4,6 milhões (18,6%) por pastos.
A produção do agronegócio paulista gerou um PIB estimado de R$268 bilhões no ano de 2017, alcançando uma participação de 12,8% na economia do estado. O setor é também um dos que mais gera empregos, sendo responsável por 23,15% dos vínculos formais de trabalho.
O agronegócio é um ramo de atividade muito amplo e engloba os seguintes segmentos: insumos, primário, industrial e serviços.
Segmento de insumos
combustíveis, fertilizantes, defensivos, alimentos para animais, sal mineral e medicamentos veterinários, máquinas e equipamentos agrícolas
Segmento primário
agricultura e pecuária
Segmento industrial
café, produtos amiláceos, açúcar, etanol, fabricação de papéis, suco de laranja, bebidas, têxtil, vestuário, produtos de madeira, móveis de madeira e celulose
Segmento de serviços
serviços de comercialização e distribuição dos produtos agropecuários e agroindustriais
A complexidade aliada à sofisticação da estrutura produtiva coloca o campo paulista como um dos mais desenvolvidos no planeta. E para continuar na vanguarda mundial do setor, há um grande investimento em pesquisa científica para o desenvolvimento de inovações agrícolas. As pessoas muitas vezes não sabem, mas estão consumindo muita tecnologia paulista nos alimentos que ingerem.
Na área pública, a Agência Paulista de Tecnologia de Agronegócios (APTA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, tem a missão de coordenar e gerenciar as atividades de ciência e tecnologia voltadas para o agronegócio. Sua estrutura compreende o Instituto Agronômico (IAC), Instituto Biológico (IB), Instituto de Economia Agrícola (IEA), Instituto de Pesca (IP), Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL) e Instituto de Zootecnia (IZ), além dos 14 Polos Regionais distribuídos estrategicamente no estado e do Departamento de Gestão Estratégica (DGE).
As universidades públicas paulistas têm um papel de destaque nas pesquisas científicas voltadas para o agronegócio. A Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ) da USP, na cidade de Piracicaba, é uma das estrelas dessa rede de pesquisa. Ela está posicionada entre as 5 melhores faculdades de ciências agrárias do mundo de acordo com o ranking produzido pela editora U.S. News and World Report.
O capital humano altamente qualificado faz com que o estado concentre 50% das Agritechs - startups ligadas ao agronegócio - brasileiras. A tecnologia desenvolvida no estado permite que a produção rural de São Paulo tenha um alto desempenho em diversas culturas agrícolas.
Os produtos rurais garantem a alimentação da população e também fornecem a matéria prima para o segmento industrial que domina alguns mercados globais. Além da produção de cana-de-açúcar e laranja, carros chefes das fazendas, há outras culturas que geram riqueza no interior do estado.
Valor da produção das lavouras temporárias e permanentes - 2017 | |||
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(Mil Reais) | |||
Produto | Brasil | São Paulo | Part. % |
Total | 319.627.357 | 53.140.924 | 16,63% |
Cana-de-açúcar | 54.207.302 | 30.378.109 | 56,04% |
Laranja | 8.551.100 | 6.203.828 | 72,55% |
Soja (em grão) | 112.163.330 | 3.427.413 | 3,06% |
Milho (em grão) | 32.873.710 | 2.044.388 | 6,22% |
Café (em grão) Total | 18.523.454 | 1.690.901 | 9,13% |
Café (em grão) Arábica | 14.525.958 | 1.690.681 | 11,64% |
Banana (cacho) | 8.050.362 | 1.669.699 | 20,74% |
Tomate | 4.330.563 | 1.270.277 | 29,33% |
Limão | 1.233.788 | 897.732 | 72,76% |
Amendoim (em casca) | 948.930 | 840.543 | 88,58% |
Mandioca | 11.190.867 | 598.033 | 5,34% |
Borracha (látex coagulado) | 820.020 | 552.841 | 67,42% |
Feijão (em grão) | 6.937.287 | 551.062 | 7,94% |
Batata-inglesa | 2.888.100 | 509.591 | 17,64% |
Uva | 3.532.720 | 387.867 | 10,98% |
Tangerina | 828.998 | 352.350 | 42,50% |
Trigo (em grão) | 2.344.552 | 228.204 | 9,73% |
Cebola | 1.353.268 | 183.965 | 13,59% |
Goiaba | 588.603 | 171.947 | 29,21% |
Melancia | 1.353.410 | 169.335 | 12,51% |
Caqui | 248.657 | 135.301 | 54,41% |
Pêssego | 414.526 | 132.920 | 32,07% |
Abacate | 249.585 | 124.356 | 49,83% |
Manga | 984.294 | 122.742 | 12,47% |
Batata-doce | 760.887 | 78.705 | 10,34% |
Palmito | 252.850 | 70.293 | 27,80% |
Maracujá | 870.810 | 65.887 | 7,57% |
Arroz (em casca) | 9.760.502 | 46.909 | 0,48% |
Abacaxi | 1.742.915 | 41.293 | 2,37% |
Figo | 70.994 | 36.549 | 51,48% |
Algodão herbáceo (em caroço) | 8.422.334 | 29.379 | 0,35% |
Urucum (semente) | 83.049 | 28.314 | 34,09% |
Sorgo (em grão) | 602.699 | 26.031 | 4,32% |
Coco-da-baía | 1.120.335 | 15.808 | 1,41% |
Maçã | 1.612.917 | 13.616 | 0,84% |
Noz (fruto seco) | 63.147 | 11.621 | 18,40% |
Mamão | 927.159 | 10.993 | 1,19% |
Aveia (em grão) | 226.995 | 6.078 | 2,68% |
Girassol (em grão) | 110.591 | 4.846 | 4,38% |
Cevada (em grão) | 160.518 | 4.799 | 2,99% |
Triticale (em grão) | 14.130 | 2.935 | 20,77% |
Chá-da-índia (folha verde) | 1.451 | 1.451 | 100,00% |
Pera | 39.680 | 797 | 2,01% |
Alho | 997.050 | 486 | 0,05% |
Azeitona | 2.779 | 351 | 12,63% |
Melão | 492.874 | 233 | 0,05% |
Café (em grão) Canephora | 3.997.496 | 221 | 0,01% |
Fumo (em folha) | 6.854.360 | 123 | 0,00% |
Ervilha (em grão) | 6.474 | 23 | 0,36% |
Fonte: IBGE |
A atividade pecuária tem uma participação significativa em SP. A produção do agronegócio relativa ao segmento somou R$48 bilhões em 2017. As áreas de criação de bovinos paulistas produziram R$ 7,8 bilhões em gado, isso é, 10,33% do produzido no Brasil. O setor de ovos, por exemplo, participou com 23,35% da produção brasileira, em termos monetários isso significou uma produção de R$ 3,4 bilhões.
Valor da produção pecuária e participação na produção nacional por tipo de produto (em R$ mil) - 2017
Produtos | Brasil | Estado de São Paulo | Part. % |
Total | 195.137.257 | 22.748.101 | 11,66% |
Bovino | 76.493.138 | 7.899.054 | 10,33% |
Suínos | 17.248.095 | 959.385 | 5,56% |
Frangos | 53.439.194 | 6.262.411 | 11,72% |
Leite | 32.639.800 | 4.151.903 | 12,72% |
Mel de abelha | 543.787 | 51.848 | 9,53% |
Casulos do bicho-da-seda | 55.714 | 7.364 | 13,22% |
Lã | 87.636 | 38 | 0,04% |
Ovos | 14.629.892 | 3.416.097 | 23,35% |
Ovos de galinha | 14.335.729 | 3.344.512 | 23,33% |
Ovos de codorna | 294.164 | 71.585 | 24,34% |
Valores em mil R$, deflacionados pelo IGP-DI da FGV - dezembro/2018 | |||
Fonte: MAPA, FGV e IBGE |
É no ramo industrial que o agronegócio paulista mostra toda sua força. Ele responde por 40,70% do PIB do setor, com um faturamento de R$102,791 bilhões. As usinas de São Paulo processam a cana-de-açúcar para transformá-la em etanol e açúcar. Responsável por 47,14% da produção brasileira, o estado é o maior produtor mundial de etanol de cana-de-açúcar. O complexo sucroalcooleiro foi responsável por 30,42% do total das exportações paulistas de 2018, com um total de US$ 5,02 bilhões exportados.
Maior produtor mundial de suco de laranja, o interior paulista responde por 53,51% do suco produzido industrialmente no planeta. De cada 10 copos de suco de laranja consumidos no mundo, cerca de 6 são de origem paulista.
São Paulo é um grande processador de carne bovina. Em 2016, os produtores de carne do estado exportaram mais de 399 mil/ton, o que gerou R$ 1,7 bilhão de receita e representou 26,64% do total exportado pelo Brasil.
Para conseguir atingir esse nível de produção são necessárias máquinas e implementos agrícolas. Deste modo, o segmento de insumos do agronegócio paulista também mostra números que impressionam. A participação do parque fabril paulista de máquinas e equipamentos agrícolas em relação ao Brasil representa:
Terra, trabalho, tradição e tecnologia são componentes do sucesso dos campos paulistas. Mostramos apenas alguns destaques desse que é um dos setores mais importantes da economia. Para obter mais informações sobre o agronegócio no Estado de São Paulo sugerimos que você acesse as fontes de dados utilizadas no texto:
CEPEA ESALQ/USP - https://www.cepea.esalq.usp.br/br/pib-do-agronegocio-de-sao-paulo.aspx
Instituto de Economia Agrícola do Estado de São Paulo - http://www.iea.agricultura.sp.gov.br/
Pesquisas do IBGE - https://sidra.ibge.gov.br/
Ministério da Agricultura - http://indicadores.agricultura.gov.br/agrostat/index.htm
Secretaria de Agricultura - http://www.agricultura.sp.gov.br/
Agência Paulista de Tecnologia e Agronegócios - http://www.apta.sp.gov.br/
Departamento de Agricultura do Estados Unidos (USDA) - https://www.usda.gov/
Por que investir no Agronegócio paulista?
- Abundância de terras férteis.
- Clima favorável, reservas de água doce e boa topografia.
- Moderna infraestrutura com estradas, aeroportos e portos.
- Forte presença de diversos segmentos industriais do setor alimentício.
- Alta tecnologia e institutos de pesquisa aplicada.
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