Biocombustíveis
São Paulo ocupa posição de destaque na produção de biocombustíveis, que respondem por 30% da oferta total na matriz energética estadual, de acordo com o Balanço Energético do Estado de São Paulo 2013 (Beesp), produzido pela Secretaria de Energia (SE). Além de características favoráveis ao cultivo de matéria-prima, como clima e solo, o Estado concentra a maior parte da pesquisa e do desenvolvimento tecnológico, reúne parte significativa das indústrias de bens de capital e assume papel relevante na formação profissional. Somam-se a esses fatores um grande mercado consumidor e excelente logística.
Ainda que o uso de biocombustíveis seja visto por líderes de vários países como prioridade nacional, o consumo global de energias renováveis é de apenas 13% e a participação de biocombustíveis atinge apenas 1,8% (Internacional Energy Agency – 2011). Em contraste, a liderança paulista em energias renováveis destaca-se em nível mundial. Aproximadamente 52% da Oferta Interna de Energia (OIE) do Estado é formada por fontes renováveis, sendo que somente os produtos de cana-de-açúcar respondem por 29% da oferta total de energia (Beesp – 2013).
Entre 2001 e 2010, constatou-se um crescimento de aproximadamente 93% na produção energética estadual, devido, principalmente, à participação de insumos primários renováveis, como caldo de cana, melaço, bagaço e lixívia (Beesp – 2013).
Etanol
O etanol tem potencial para substituir parcialmente os combustíveis fósseis nos meios de transporte, com vantagens especialmente do ponto de vista da sustentabilidade ambiental. O etanol de cana-de-açúcar para uso em veículos é referência mundial. De acordo com o Sistema de Acompanhamento de Produção Canavieira (Sapcana), ligado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a produção paulista de etanol aumentou 64,4% entre 2003 e 2012, quando foram produzidos mais de 11,6 bilhões de litros, cerca de 51% do total nacional.
Nos últimos 30 anos, o aperfeiçoamento dos processos de fabricação de etanol exigiu intenso desenvolvimento tecnológico e de inovação na produção agrícola e industrial (geração, importação, adaptação e transferência de tecnologias), na logística e nos usos finais.
Além de grande produtor, São Paulo é um dos maiores consumidores de biocombustíveis do mundo. Cerca de 90% dos veículos vendidos em 2012 no Estado usam a tecnologia flex fuel, que permite aos veículos funcionar com mais de um tipo de combustível no tanque (etanol e gasolina), sendo que, praticamente, todos os postos de abastecimento no País disponibilizam etanol.
Biodiesel
O biodiesel é considerado ambientalmente correto por contribuir para a redução de poluentes na atmosfera, ser renovável e não conter enxofre. Geralmente, o biodiesel é produzido a partir de plantas oleaginosas, como mamona, dendê, girassol, soja e amendoim, entre outras culturas.
O grande número de frigoríficos e abatedouros existentes no Estado tem potencial produtivo de até 200 milhões de litros de gorduras animais por ano, o que também cria condições favoráveis para o desenvolvimento do biodiesel derivado do sebo.
De acordo com a Agência Nacional de Petróleo (ANP), o Estado de São Paulo produziu mais de 158 milhões de litros de biodiesel em 2012. Apesar de não ser um grande produtor de grãos, é responsável por 28,7% das exportações de carne bovina do País, segundo dados de 2012 do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Pesquisa
Em apoio ao avanço da área, o programa Pesquisa em Bioenergia (Bioen), mantido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), é voltado ao estímulo e à articulação de atividades de pesquisa e desenvolvimento, utilizando laboratórios acadêmicos e industriais na promoção do conhecimento e na sua aplicação em áreas relacionadas à produção de bioenergia no Brasil. Em 2012, foram investidos R$ 11,6 milhões nos projetos do Bioen (Fapesp – 2012).
Por que investir nos biocombustíveis paulistas?
- Maior produtor de etanol de cana-de-açúcar do mundo.
- Qualidade do solo e clima favorável para o cultivo agrícola.
- Mão de obra qualificada nas diversas etapas da cadeia produtiva.
- Ampla frota de veículos com tecnologia flex fluel.
- Alta tecnologia e presença de institutos de pesquisa aplicada.
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