06/01/10 10h33

Zahran investe em fábrica de botijões

Valor Econômico

O grupo Zahran, que é dono da distribuidora de gás de cozinha Copagaz, investiu R$ 30 milhões (US$ 17,4 milhões) em uma fábrica de botijões para atender a demanda de sua própria distribuidora, que ainda precisa requalificar 900 mil botijões dos sete milhões que possui hoje em circulação. A nova empresa do grupo é a Indústria Brasileira de Vasilhame (Ibrava) e, de acordo com o presidente do grupo Ueze Zahran, o próximo passo é buscar clientes em todo o mercado.

Com a instalação da fábrica, o grupo passa a operar em toda a cadeia de produção de gás liquefeito de petróleo (GLP, o chamado gás de cozinha), já que engarrafa e distribui por meio da Copagaz e requalifica os vasilhames por meio da NHL. A nova fábrica foi inaugurada em dezembro, no munício de Monte Mor, próximo a Campinas, no interior de São Paulo, e a expectativa é de que no primeiro ano produza cerca de 400 mil unidades.

Na avaliação da empresa, o Brasil possui apenas 100 milhões de botijões em circulação, mas para garantir o abastecimento do consumidor o cálculo é de que para cada residência abastecida outros quatro precisam estar de reserva. Esse deficit geraria um mercado potencial de R$ 3 bilhões (US$ 1,74 bilhão), sem contar o mercado de reposição.

A Copagaz é hoje a principal empresa do grupo e a decisão de construir a fábrica de botijões foi tomada em função do gasto elevado com o programa de requalificação de vasilhames e ainda em função da segurança na reposição daqueles sucateados. De acordo com Zahran o Brasil possui 100 milhões de botijões que devem ser testados a cada dez anos e o índice dos que são sucateados depois disso é de 8% a 9%. "A questão de segurança no transporte de botijões com gás é muito séria e tem um alto custo", afirma Zahran. "Se um caminhão desse sofre um acidente, atinge um raio de 200 metros ao seu redor", completa.