12/05/11 11h56

Wurth chega ao País com meta de abrir 300 lojas até 2012

DCI

Nasce a primeira loja da multinacional alemã Wurth no Brasil, que está localizada no Butantã, em São Paulo. A marca, que possui um faturamento anual de 10 bilhões de euros, quer chegar até 2012 com 500 pontos de venda na América Latina. Destes, 300 estarão presentes em terras brasileiras. O investimento para o projeto é de R$ 250 milhões (US$ 156,3 milhões).

Após o anúncio fica claro que o Brasil é o carro-chefe dessa experiência. Prova disso é que o CEO Reinhold Würth veio ao País recentemente para anunciar investimentos de R$ 300 milhões (US$ 187,5 milhões) tanto no segmento de comércio como no de indústria, equivalente a dois terços dos R$ 450 milhões (US$ 281,3 milhões) que a subsidiária brasileira faturou em 2010. Segundo o presidente da companhia, César Ferreira, o intuito dos investimentos é atender a pronta entrega os pedidos do cliente. "Hoje temos apenas três centros de distribuição, o que atrasa um pouco nossa entrega. Com a vinda das lojas isso não vai mais ocorrer", explica o porta-voz, em entrevista exclusiva ao DCI.

Com intuito de atender empresas de médio e pequeno porte, além de profissionais liberais, como mecânicos, serralheiros e marceneiros, a rede alemã aguarda um tíquete médio de R$ 1 mil (US$ 625), com o qual espera obter um faturamento de R$ 1,5 milhão (US$ 937,5 mil) por loja. "Até o final deste ano queremos ter mais quatro pontos de venda abertos", explicou. As lojas, com as cores branco, cinza e vermelho, terão à venda aproximadamente 2,5 mil itens da linha de produtos da companhia, que hoje é subdividida nos departamentos automotivo (carro de passeio e moto), cargo (caminhões, ônibus e máquinas agrícolas), construção civil, madeira (vidraçaria e marmoraria) e metal (indústria e serviços).

Outra importante característica dos espaços, que variam entre 200 metros quadrados a 500 metros quadrados, são as salas para teste de produtos - no local, o cliente poderá avaliar na prática itens da empresa alemã, como produtos químicos, ferramentas manuais, elétricas e pneumáticas. Evandro Cordova, gerente de Novos Negócios da Wurth do Brasil, ressalta que, mesmo adotando o sistema global, as lojas sofrerão certa tropicalização - modelo de ponta de venda com prateleiras mais baixas no qual a formatação permite que o cliente, se quiser, encontre o que procura sem auxílio de um vendedor.

"Além da fidelização da marca Wurth à atual clientela, queremos atrair para nossas lojas o consumidor comum", explica o gerente da marca, em entrevista. O presidente, porém, afirma que isso não deve alterar o formato que a companhia já usa nas mais de 1 mil lojas que possui espalhadas pela Europa. "Queremos apenas que os formatos se encaixem. Sabemos muito bem que a forma como o brasileiro compra é totalmente diferente da dos europeus, por isso estamos abertos a sugestões - e para aprender também", enfatizou. Hoje, a sede administrativa da empresa está localizada em Cotia, município da Grande São Paulo. O grupo ainda possui duas filiais nos Estados do Rio Grande do Sul e da Paraíba.