02/09/08 14h54

Walter planeja ampliar presença no Brasil

Gazeta Mercantil - 02/09/2008

O Brasil é um dos focos do crescimento da fabricante de ferramentas de usinagem alemã Walter AG, que planeja alcançar faturamento de € 1 bilhão até 2010, o que significa um aumento de 82% em relação aos € 550 milhões registrados em 2007. "O Brasil é um dos melhores mercados para nós, ao lado de outros países emergentes como a Índia e a Rússia. Temos feito um bom trabalho aqui", afirmou Mirko Merlo, vice-presidente da empresa. "Estamos no Brasil há 12 anos e tivemos um desenvolvimento importante, hoje temos cerca de 10% do mercado de ferramentas para usinagem, no qual concorrem mais de 30 empresas ", acrescentou Carlos Eduardo Baptista, diretor presidente da Walter do Brasil. A subsidiária, que também responde pela atuação da companhia em outros países da América do Sul, faturou no ano passado R$ 78 milhões (US$ 40,4 milhões), dos quais cerca de 90% proveniente do Brasil. Para este ano a expectativa é crescer perto de 15%, para até R$ 90 milhões (US$ 55,2 milhões). "Até 2010 tenho como meta atingir os R$ 100 milhões, mas essa é uma meta conservadora, pois pelo que temos observado podemos crescer bastante acima disso", disse, indicando os resultados iniciais positivos da filial argentina inaugurada no final de 2007 e que já detém 5% do mercado local. A região responde somente por 5% do faturamento global da empresa, mas Baptista destacou que deve investir R$ 12 milhões (US$ 7,4 milhões) dentro dos próximos anos para incrementar a atuação. A estratégia da companhia inclui o crescimento orgânico e aquisições, disse Merlo. A empresa quer ampliar sua atuação no negócio de torneamento de forma a triplicar o faturamento neste segmento, que hoje representa 60% do mercado de usinagem. Também quer realizar globalmente o recondicionamento de ferramentas rotativas. Além disso, a Walter quer melhorar o relacionamento com os clientes, por isso modificou parte de sua estrutura organizacional, de forma a desenvolver equipes direcionada ao atendimento a clientes e setores específicos e que acompanhem não apenas o desenvolvimento da peça, sua produção e entrega, como também acompanhe o desempenho da mesma quando estiver em operação. Entre os principais setores com bom potencial de crescimento, Merlo destacou o setor automotivo, que responde por entre 25% e 30% do faturamento da companhia (na subsidiária brasileira, responde por quase 50%), e o de geração de energia, "que está em forte crescimento em todo o mundo".