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Wal-Mart investe US$ 15,3 milhões em loja virtual

Valor Econômico - 26/09/2008

Agora só faltam o Carrefour e a Casas Bahia, as duas únicas redes que ainda não têm uma operação de internet entre as sete maiores varejistas do Brasil. Conforme antecipou o Valor, o Wal-Mart anunciou que lançará a sua "pontocom" brasileira. O site vai ao ar em 1º de outubro e será a primeira vez que a multinacional usará o nome Wal-Mart numa loja virtual fora dos Estados Unidos. Com a estréia na internet, o Wal-Mart junta-se no Brasil ao Grupo Pão de Açúcar (dono do Extra), ao Ponto Frio, ao Magazine Luiza e à Lojas Americanas, que já possuem operações de comércio eletrônico há dez anos aproximadamente. O Pão de Açúcar foi pioneiro no varejo virtual, mas a Americanas foi a que mais avançou no setor com a B2W, controladora dos sites Submarino e Americanas.com. Segundo apurou o Valor, a Casas Bahia já montou uma equipe para desenvolver sua operação de internet e iniciou os testes com a linguagem de programação Java, plataforma mais utilizada na internet. "O lançamento da 'pontocom' é um marco para o Wal-Mart no Brasil", afirmou ontem o presidente da multinacional no país, Hector Nuñez. Foram investidos R$ 25 milhões (US$ 15,3 milhões) no desenvolvimento do braço de internet, no qual estão empregadas hoje 100 pessoas. A loja atenderá todo território nacional, incluindo a região Norte, onde o grupo não possui lojas, e as entregas serão feitas pela Total Express, um operador logístico terceirizado. Na "pontocom", serão vendidos apenas itens não-alimentícios, como eletroeletrônicos e informática. Nesse primeiro momento, o site não terá CDs e livros, mas os produtos começarão a ser ofertados "muito em breve", afirmou Carlos Fernandes, vice-presidente da divisão especial do Wal-Mart. Uma das inovações, diz Fernandes, será a identificação dos itens mais vendidos entre os produtos escolhidos pelo consumidor. Um percentual aparecerá em cima de cada item selecionado, mostrando o desempenho de vendas em relação aos seus pares. A iniciativa pode desagradar fabricantes cujos produtos tenham uma fraca demanda.