24/02/10 10h57

Volvo prevê produção recorde em 2010

Valor Econômico

A retomada das vendas em países latino-americanos que foram mais afetados pela crise econômica e a manutenção da demanda brasileira por equipamentos pesados, sobretudo no segmento de construção, devem levar a Volvo Construction Equipment a um ano de produção recorde na fábrica de Pederneiras (SP). Para 2010, a expectativa é a de que sejam produzidos mais de 3 mil equipamentos de construção e extração, como carregadeiras e motoniveladoras, na única fábrica da Volvo CE no país, superando a marca histórica de 2008.

A melhora nos negócios na região, de acordo com o presidente da Volvo CE Latin America, Yoshio Kawakami, ficou evidente já no fim de 2009, ano em que os volumes produzidos no Brasil caíram em torno de 50%, para perto de 1,5 mil unidades. À época, a companhia foi obrigada a dispensar 100 funcionários da fábrica paulista. "Esses 100 funcionários foram recontratados no começo deste ano", afirmou. Apesar do otimismo, a Volvo CE não prevê investimentos em ampliação da capacidade produtiva no país. Conforme Kawakami, cerca de US$ 10 milhões deverão ser aportados neste ano com vistas à modernização da fábrica paulista, cuja taxa de ocupação deverá ficar entre 70% e 75%. "Como 2008 foi um ano excepcional, temos de realizar investimentos um pouco maiores neste ano para modernizar a linha de produção. Mas ainda há capacidade instalada para atender à demanda", afirmou.

Em 2009, o Brasil ampliou em 17% as compras de equipamentos da Volvo e respondeu por 73% dos 2.460 equipamentos comercializados na América Latina, volume recorde e responsável pelo bom desempenho da companhia na região. No mesmo período, as vendas para os demais países latino-americanos recuaram 61%, para apenas 646 máquinas. Como resultado, a participação do país nos negócios globais da companhia cresceu 2 pontos percentuais em relação a 2008, para 5% - a líder China é responsável por 49% das vendas da Volvo CE.

Para 2010, a empresa prevê a comercialização de 2.897 equipamentos na América Latina, dos quais 68% no mercado brasileiro. A menor participação esperada para o país em relação a 2009, segundo o executivo, reflete a aposta na recuperação das vendas para outros países latino-americanos, em especial México e alguns mercados da América Central. "Essas áreas devem mostrar recuperação mais forte uma vez que as quedas também foram as mais expressivas em 2009", explicou.

A melhor resposta do Brasil durante a crise econômica foi motivada, segundo Kawakami, pelos investimentos em infraestrutura e pela ampliação do leque de produtos vendidos pela Volvo no mercado doméstico. Atualmente, o portfólio da companhia conta com 61 produtos, ante 25 anteriormente.