31/08/22 11h28

Vendas reais avançam 1,7% na indústria paulista em julho e crescem pelo segundo mês consecutivo, indicam FIESP e CIESP

Levantamento de Conjuntura também apontou aumento de 1,2% nos salários reais médios

FIESP

Pelo segundo mês consecutivo, houve crescimento das vendas reais da indústria paulista, sendo 1,9% em junho e 1,7% no mês de julho. Os destaques positivos no mês são idênticos ao do mês de junho. São eles: máquinas e equipamentos (+13,6%), alimentos (+8,1) e têxtil (+7,1%). 

Os salários reais médios também avançaram em julho, aumento de 1,2% após moderado crescimento do dado anterior (+0,3%). 

As horas trabalhadas na produção, por sua vez, não apresentaram variação significativa no mês, ao subir 0,1% sobre o mês de junho. 

Já o NUCI (Nível de Utilização da Capacidade Instalada) retraiu 0,5 p.p., de 80,4% para 79,9% entre junho e julho, o menor nível registrado em 2022 até o momento. 

Todas as informações contam com tratamento sazonal. 

Tanto os salários reais médios quanto as vendas reais do setor industrial paulista indicam ter alcançado o vale no acumulado em 12 meses encerrados em junho. Nesta ótica, os salários reais médios passaram de -2,3% para -1,9% e as vendas reais de -9,9% para -9,3% entre junho e julho. 

Já as horas trabalhadas na produção permaneceram em desaceleração neste mesmo acumulado (+1,4% em julho ante +2,0% em junho), configurando o décimo mês seguido de diminuição do ritmo de crescimento no acumulado em 12 meses.

Assim como já abordado nos meses anteriores, a expansão fiscal adotada pelo Governo Federal em suas variadas formas e a atividade econômica em processo de normalização são componentes que ajudaram a atividade industrial e a economia do país no geral.  

Entretanto, apesar da pontual deflação mensal ocorrida em julho, em 12 meses o IPCA permanece acima do teto da meta de inflação, com avanço de 10,07% (teto de 5,0%), a taxa de juros em patamar elevado e a incerteza em níveis elevados por conta da proximidade das eleições. Além disso, o quadro de enfraquecimento da economia global são fatores que podem gerar o desaquecimento na atividade industrial nos próximos meses. 

Sensor  

O Sensor do mês de agosto encerrou em 49,2 pontos, resultado superior ao mês de julho quando marcou 48,4 pontos. Leituras abaixo de 50,0 pontos indicam retração da atividade industrial paulista no mês. 

O indicador de Mercado (setor de atuação) avançou 2,8 pontos, de 47,0 pontos para 49,8 pontos entre julho e agosto. Por estar próximo aos 50,0 pontos, há indicação de estabilidade das condições de mercado.    

Aos 51,4 pontos, o componente de Vendas voltou a apresentar expectativa positiva no mês após o dado de 49,8 pontos de julho. Por estar acima dos 50,0 pontos há indícios de alta das vendas no mês. 

O componente de Estoque continua acima do planejado pelo sétimo mês consecutivo, ao marcar 45,7 pontos em agosto ante 48,0 pontos do mês de julho. Leituras superiores a 50,0 pontos indicam estoque abaixo do desejável. 

Já o Emprego ficou em 50,3 pontos, alta de 0,4 ponto em relação a leitura anterior (49,9 pontos). Por encerrar acima de 50,0 pontos, há indicação de contratações no mês. 

Por fim, o indicador de Investimentos avançou 0,7 ponto em agosto, aos 50,6 pontos ante 49,9 pontos do mês anterior. Por estar acima dos 50,0 pontos, há a expectativa de aumento dos investimentos no mês. 

Todos os dados acima contemplam o tratamento sazonal. 

Para acompanhar a série histórica, clique neste link

fonte: https://www.fiesp.com.br/noticias/vendas-reais-avancam-17-na-industria-paulista-em-julho-e-crescem-pelo-segundo-mes-consecutivo-indicam-fiesp-e-ciesp/