Vendas porta a porta crescem 18%

Valor Econômico

Quase 400 mil pessoas passaram a integrar o time de vendedores porta a porta em 2009, um aumento de 18% em relação ao ano anterior. Em 2008, o crescimento no número de revendedores havia sido de 7%. Ao todo, o exército de representantes de vendas diretas somou 2,377 milhões no ano passado, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD). "A preocupação com a crise, ainda no início de 2009, trouxe para essa área novos trabalhadores, que a encararam como atividade principal ou complementar à renda", diz Marcelo Zalcberg, vice-presidente da ABEMD e diretor geral da Herbalife.

O maior contingente de pessoal contribuiu diretamente para incrementar as vendas do setor: alta de 18,4% para R$ 21,8 bilhões (US$ 11,07 bilhões). Descontada a inflação, o crescimento real no período foi de 14%. A maior parte das vendas diretas (88%) refere-se ao setor de cuidados pessoais, no qual Natura e Avon são as maiores representantes. Há também empresas de suplementos nutricionais (6%), cuidados do lar (5%), serviços e outros (1%).

Em 2009, o número de produtos ou serviços vendidos por domicílio também cresceu, de 28 para 30. Zalcberg não acredita que a internet seja uma concorrente direta para os revendedores. "O meio, na verdade, está sendo um aliado", afirma. Muitos vendedores, diz ele, mantêm páginas na internet para oferta dos seus produtos, ou usam as redes sociais com este fim. "Mas o grande diferencial é o contato pessoal com o público".