23/03/11 11h27

Vendas na internet crescem 40% em 2010, para US$ 8,4 bi, diz e-bit

O Estado de S. Paulo

As vendas de bens de consumo por meio da internet cresceram 40% no ano passado, para R$ 14,8 bilhões (US$ 8,4 bilhões) e devem apresentar expansão de 30% em 2011, para R$ 20 bilhões (US$ 11,8 bilhões), conforme a 23ª edição do relatório WebShoppers, elaborado pela empresa de monitoramento de comércio eletrônico e-bit, com o apoio da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net). Para o primeiro semestre de 2011, a expectativa de faturamento é de R$ 8,8 bilhões (US$ 5,2 bilhões). Espera-se também que quatro milhões de pessoas façam sua primeira compra virtual nos seis primeiros meses do ano.

No ano passado, o desempenho do comércio eletrônico brasileiro foi impulsionado pela Copa do Mundo, que contribuiu para a venda de televisores de tela fina, principalmente aparelhos LCD. Com isso, o valor médio das compras aumentou 11% ante 2009, para R$ 373 (US$ 212). Do total das vendas do ano passado, as datas sazonais Dia das Mães, Dia dos Namorados, Dia dos Pais, Dia das Crianças e Natal responderam por cerca de R$ 4,5 bilhões (US$ 2,6 bilhões). Somente o Natal foi responsável por R$ 2,2 bilhões (US$ 1,25 bilhão), 40% acima do mesmo período de 2009.

A consolidação de grupos de varejo também contribuiu para aumentar a confiança dos consumidores nas vendas pela internet, de acordo com o levantamento. O número de pedidos no ano ultrapassou 40 milhões, ante 30 milhões em 2009. Já o número de e-consumidores que já fez pelo menos uma compra online chegou a 23 milhões em 2010, ante 17,6 milhões no ano anterior. Segundo a sondagem, as categorias mais vendidas foram eletrodomésticos, com 14% de participação, livros, assinaturas de revistas e jornais (12%), saúde, beleza e medicamentos (12%), informática (11%), e eletrônicos (7%).

A pesquisa apontou também que consumidores de baixa renda (famílias com renda declarada de até R$ 3 mil/US$ 1,8 mil)) respondem por 50% do mercado. Nessa faixa de renda, 31% dos usuários informaram não ter fechado compras nos últimos seis meses e 6% realizaram mais de dez compras nesse intervalo. Dados do Índice e-bit/Internet Segura de Confiança dos Consumidores de Comércio Eletrônico apontam aprovação de 86,62% no ano passado, acima do patamar de excelência de 85%.