08/12/09 11h14

Vendas de cimento e materiais mostram reação

Valor Econômico

Nos últimos meses, as vendas da indústria de cimento e dos fabricantes de materiais de construção, além do próprio varejo da construção, demonstraram sinais de recuperação da demanda - mas ainda em ritmo mais lento do que o das próprias construtoras, especialmente as que atuam no segmento de baixa renda. A análise anual, porém, ainda mostra queda ou, no máximo, um empate com os números do ano passado.

Segundo dados preliminares divulgados pelo Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC), de novembro, as vendas de cimento ao mercado interno brasileiro atingiram 4,6 milhões de toneladas, um crescimento de 7,3% em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando a crise já afetava o setor. Na comparação com outubro, a alta foi de 4,1%. No acumulado do ano, porém, as vendas seguem praticamente estáveis. De janeiro a novembro de 2009, foram vendidas 47,1 milhões de toneladas de cimento, com redução de 0,3% sobre o mesmo período do ano passado. Segundo José Otávio Carvalho, vice-presidente executivo do SNIC, novembro foi um mês menos chuvoso do que setembro e outubro deste ano - que foram meses atípicos e bastante afetados. O setor estima fechar o ano nos mesmos níveis de 2008.

Depois de bastante afetadas pela crise no final do ano passado e início de 2009, as vendas de materiais de construção voltaram a crescer a partir de março. Último levantamento da Abramat (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção) indica vendas 2,44% em outubro em relação a setembro. No ano, porém, ainda há uma diferença importante em relação a 2008. O acumulado de janeiro a setembro deste ano diminuiu 14,81% em relação ao mesmo período do ano passado. Já nos últimos 12 meses houve queda de 13,10%. Por conta dos números obtidos até agora, a previsão para 2009 continua 5% abaixo de 2008, segundo a Abramat.

No varejo, as vendas de novembro subiram em relação ao ano passado. De acordo com a Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), o varejo cresceu 4 % na comparação com novembro de 2008. A Associação mantém a expectativa de que 2009 cresça 6,5 % sobre o ano passado, quando houve o recorde de faturamento - R$ 43,23 bilhões (US$ 23,6 bilhões).