13/06/08 14h54

Vendas das farmácias crescem com expansão da classe C e genéricos

Valor Econômico - 13/06/2008

As redes de farmácias e drogarias obtiveram crescimento expressivo de vendas nos quatro primeiros meses do ano e vivem um momento de concentração do mercado. O aumento do faturamento tem sido impulsionado pela elevação da renda, pela expansão da classe C e pelo avanço dos medicamentos genéricos. O presidente da Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), Álvaro José Silveira, ressalta que, nos primeiros quatro meses deste ano, as vendas de genéricos cresceram 28,6% na comparação com o mesmo período do ano passado. Nessa categoria, os produtos mais vendidos são medicamentos de uso contínuo, anticoncepcionais, antibióticos e protetores gástricos. No segmento dos produtos de marca e similares, a elevação foi de 23%. O levantamento foi encomendado à Fundação Instituto de Administração (FIA), da Universidade de São Paulo (USP). Os produtos que não são considerados medicamentos mas estão nas prateleiras das farmácias - principalmente cosméticos - também tiveram vendas 19,7% maiores no período. Se esses crescimentos são expressivos, o desempenho da parceria com o governo federal, chamada "Aqui tem Farmácia Popular", pode ser considerado explosivo. O atendimento de clientes desse programa teve um salto de 722,8%, passando de 255.507 pessoas, no primeiro quadrimestre de 2007, para 2,1 milhões de clientes. As vendas dessa parceria também cresceram 481,3%, de R$ 8,2 milhões (US$ 5,03 milhões) para R$ 47,68 milhões (US$ 29,3 milhões). Nesse programa, o governo federal subsidia até 90% dos custos de três tipos de medicamentos: anti-hipertensivos, anticoncepcionais e os prescritos para diabetes. O governo também controla, diretamente, cerca de 600 lojas do programa. "O bom desempenho do varejo de medicamentos faz com que esse setor seja a bola da vez para os investidores. A concentração do mercado é inevitável", comenta Silveira.