13/05/09 10h09

Vendas da Nivea no Brasil crescem 17,4%

Valor Econômico - 13/05/2009

Na semana passada, Nicolas Fischer, presidente da Nivea do Brasil foi para Hamburgo, cidade sede da alemã Beiersdorf, multinacional dona da marca da latinha azul. Quando entrou na sala de reuniões, onde estavam o presidente mundial da empresa, Thomas-Berd Qaas, e os presidentes de cada país onde a fabricante de cosméticos atua, Fischer sabia que era o único ali com 17, 4% de crescimentos em vendas no primeiro trimestre.

De fato, Fischer tinha motivos para estar orgulhoso: o Brasil foi o país que registrou o maior crescimento de vendas no primeiro trimestre de 2009. Mundialmente, o faturamento do grupo alemão teve queda de 0,5% (considerando a mesma base de atuação), atingindo € 1,299 bilhão de euros. Na Europa, (excluindo a Alemanha, que teve alta de 7,2%), as vendas caíram 7,8%. Na América do Norte, a queda foi de 5,4%. Com exceção da Rússia, que teve retração de 4%, só países em desenvolvimento mostraram números positivos. O México, por exemplo, teve alta de 11,7%; a Argentina, de 12,8%; Africa, Ásia e Austrália cresceram 5,5% e a China, 12,2%.

Mas nenhum dos 150 países onde a Beiersdorf opera chegou perto do desempenho brasileiro. Mantendo o atual ritmo, a Nivea Brasil vai antecipar um resultado esperado só para 2010. "Quando assumi a presidência, em 2005, minha meta era dobrar o tamanho da empresa em cinco anos", conta o executivo. Mas com as altas registradas em 2006, de 16%; de 22% em 2007 e também de 22% no ano passado, o objetivo pode ser alcançada já este ano.

Segundo o executivo, há pelo menos quatro motivos que explicam o bom desempenho da subsidiária brasileira neste ano. O primeiro, diz, é a condição econômica do país. O comportamento do consumidor, segundo ele, foi outra boa razão que colaborou para a alta nas vendas. Além disso, segundo ele, houve transferência do gasto com bens duráveis para os de consumo. Outra boa razão para o bom desempenho é que os números, tanto os do Brasil quanto os de outros países onde houve desvalorização cambial, são todos contabilizados em euro e não em dólar.