18/03/11 11h48

Vendas da Lanxess quase dobram e Brasil atinge 10% da receita global

Valor Econômico

Como reflexo da estratégia de ampliação dos negócios nos mercados emergentes, a Lanxess Brasil encerrou 2010 com faturamento líquido de € 701,1 milhões, marcando crescimento de 94% frente às operações de 2009, período marcado pelas pressões sobre o setor químico devido à retração econômica global. Com esse resultado, o peso do Brasil nas vendas globais da multinacional alemã chegou a 10% (pelo critério que inclui somente as vendas para terceiros em território nacional). Essa participação em 2009 estava no patamar dos 7%, enquanto em 2008 - quando o faturamento da subsidiária somava €530 milhões - ficava na faixa dos 8%. "Todos os países dos Bric melhoraram o desempenho. No Brasil, focamos nas vendas e tentamos identificar antecipadamente os problemas que nossos clientes estão enfrentando", afirmou ao Valor o presidente da Lanxess Brasil, Marcelo Lacerda.

Os resultados da Lanxess, quando comparados com o início da recuperação dos mercados globais também são positivos. Nos últimos três meses de 2010, a subsidiária brasileira apresentou faturamento de € 177,5 milhões, crescimento anual de 43%. No ano passado, somente a Rússia superou o crescimento do Brasil dentro dos Bric: o faturamento da subsidiária russa avançou quase 100%. Na China, o resultado cresceu 30%, enquanto na Índia houve expansão de 67%. Hoje, os países emergentes juntos representam 23% do faturamento global da multinacional - em 2009 essa participação ficava em 20%.

A recuperação dos resultados da empresa em 2010 foi consequência da retomada da demanda do setor químico. No caso da Lanxess do Brasil, o principal impulso veio dos setores automobilístico - grande consumidor de borrachas sintéticas - e de construção - que compra os pigmentos de óxido de ferro produzidos pela empresa. Para Lacerda, a demanda de ambos setores tende a continuar em alta neste ano. "Não tenho a menor dúvida (sobre a continuidade). As perspectivas para a infraestrutura, habitação e para o setor automobilístico são positivas", completou o executivo. A subsidiária tem quatro fábricas no Brasil, sendo que três delas estão no segmento de borrachas sintéticas de alta performance - usadas principalmente pela indústria de pneus: uma em Duque de Caxias (RJ), outra em Triunfo (RS) e a terceira e em fase de ampliação, em Cabo de Santo Agostinho (PE). A quarta fábrica fica em Porto Feliz (SP) e produz para a área de pigmentos.