08/07/20 11h52

Venda de veículos leves usados cresce 71,8% no mês de junho

No entanto, transferências no primeiro semestre caíram quase 35% como consequência da quarentena

Automotive Business

A venda de automóveis e comerciais leves usados em junho somou 546,5 mil unidades, revelando alta de 71,8% sobre maio. O crescimento foi motivado pela reabertura de lojas, concessionárias e Detrans, mas foi menor que o anotado no mês pelos zero-quilômetro. Os números foram divulgados pela Fenabrave, entidade que reúne as associações de concessionários.

A comparação de junho de 2020 com o mesmo mês do ano passado aponta queda de 32,1%. No acumulado do ano, as transferências de leves somaram 3,3 milhões de unidades, resultando em contração de 34,7% ante o primeiro semestre de 2019.

“Esse mercado sofreu durante o primeiro semestre, assim como os novos, pela retração nos negócios e pela dificuldade dos registros nas transações”, recorda o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior.

Os números da entidade também revelam que para cada veículo leve novo entregue em junho foram vendidos 4,5 usados. Essa taxa é uma média do que ocorreu em 2020 antes da quarentena: em janeiro foram negociados 5 usados para cada leve zero-quilômetro e em fevereiro, 4 para 1.

RECUPERAÇÃO MENOR EM JUNHO PARA PESADOS

Em junho foram negociados 23,9 mil veículos pesados (caminhões e ônibus), volume 49,1% maior que o de maio. Na comparação com junho de 2019 os pesados recuaram 23,7%. No acumulado do ano, os números divulgados pela Fenabrave apontam a transferência de 130,9 mil pesados de segunda mão, resultando em queda de 33,9%. A análise em separado mostra que a retração para os ônibus no semestre foi maior, 44,7%. A venda de ônibus novos também caiu mais que a de caminhões zero-quilômetro no semestre. A taxa de pesados usados versus novos em junho foi de 2,4 para 1. Nos meses que antecederam a quarentena essa proporção estava acima de 3 para 1.

ENTREGAS FAZEM GIRAM MOTOS USADAS

As transferências de motos usadas em junho totalizaram 162,9 mil unidades, anotando crescimento de 65,7% sobre maio. A comparação com junho do ano passado resulta em queda de 25,6% (menor que de veículos leves). Os resultados de junho decorrem da procura aquecida de motos para os serviços de entrega durante a quarentena.

A falta de motos novas de baixa cilindrada nas concessionárias parece ter levado o consumidor a recorrer às usadas. O acumulado do ano teve 969,3 mil usadas negociadas. O volume ficou 31,9% abaixo do primeiro semestre de 2019. Para as motos zero-quilômetro, a queda no período foi de 33,9%.

Como consequência, a proporção de usadas versus novas cresceu. Em junho foram negociadas 3,6 motos usadas para cada nova. Em janeiro e fevereiro essa taxa foi de 2,7 para 1.