08/12/08 10h33

Venda de produtos químicos cresce 19%

Gazeta Mercantil - 08/12/2008

A indústria química brasileira cresceu 19% em 2008, atingindo um faturamento líquido de US$ 123,2 bilhões, ante os US$ 103,5 bilhões registrados no último ano. Com esse volume, o setor chegou ao terceiro lugar na formação do PIB da indústria de transformação, com participação de 10,8%, e respondeu por 3,2% do PIB nacional. O valor coloca o Brasil em nono lugar no ranking da indústria química mundial. Ao mesmo tempo as importações deram um salto de 48,1%, alcançando US$ 35,4 bilhões, ante exportações de US$ 12,2 bilhões, 14% acima do ano passado. O déficit será recorde, devendo superar a casa dos US$ 23 bilhões. Os produtos químicos para uso industrial responderam por cerca de 50% do faturamento líquido total da indústria química nacional. Sozinho, o segmento faturou US$ 61,6 bilhões, com crescimento de 11,8% em comparação a 2007. A produção em químicos de uso industrial registrou queda de 8,1% em volume em função das paradas feitas em três das quatros centrais petroquímicas do País este ano somada ao recuo de 23% na atividade registrado no último trimestre do ano, conforme dados da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). O déficit também se refletiu na balança no segmento em 2008, atingindo a marca recorde de US$ 19,8 bilhões. O destaque da indústria ficou por conta do setor de fertilizantes e adubos, cuja receita cresceu 65,6%, para US$ 14,9 bilhões, dobrando sua participação no segmento. Tais produtos também puxaram as importações respondendo por 40% das compras. Resinas termoplásticas também elevaram o volume de importações de 4% para 21%. Higiene pessoal, perfumaria e cosméticos registraram alta de 17% no faturamento, saltando de US$ 8,8 bilhões para US$ 10,3 bilhões. Produtos farmacêuticos registraram crescimento de 20%, chegando a US$ 17,5 bilhões. O levantamento feito pela Abiquim revela ainda que as empresas do segmento têm planos de investir até US$ 22,1 bilhões até 2013, sendo que 54,3% desse valor referem-se a projetos já aprovados. "Esse valor, porém, pode ser revisto, diante da crise pela qual passamos", afirmou Marcos De Marchi, coordenador da comissão de economia da Abiquim e presidente da Rhodia.