12/11/08 14h58

Venda de papelão teve recorde com impulso da indústria de alimentos

DCI - 12/11/2008

As vendas de papelão ondulado no mês de outubro totalizaram 208,5 mil toneladas, novo recorde mensal registrado pelo indicador de negócios da Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO). O resultado representa uma expansão de 4,3% em relação a outubro de 2007 e de 6,5% sobre setembro de 2008, quando foram negociadas 195,8 mil toneladas, segundo a associação. No acumulado do ano, as vendas totalizaram uma alta de 1,7%, para um total de 1,931 milhão de toneladas. Os números referentes a outubro são preliminares. As vendas de papelão, que refletem a demanda por embalagens, podem ser vistas como um termômetro do setor de bens não duráveis, como alimentos, higiene e limpeza. Para Paulo Sérgio Peres, presidente da ABPO, os dados do setor no acumulado do ano estão dentro da projeção de 2008 - revisada já no primeiro semestre, diminuindo a expectativa do crescimento anual de 3% para 1,5% a 2%. O presidente da associação atribuiu o resultado positivo à manutenção das vendas de bens não duráveis, como alimentos, que representam 35% das vendas de papelão ondulado, higiene e limpeza 8,3%, fruticultura 6%, avicultura 5% e bebidas 3%. "Eles são os menos afetados pela crise já que não estão ligados ao crédito", explica. Além disso, Peres ainda destaca a importante safra de final de ano que deve render bons negócios para exportação do nordeste, principalmente na região produtiva do Vale do São Francisco. Segundo a ABPO, os números devem permanecer em alta no mês de novembro. Quanto ao próximo ano, o setor de embalagens espera uma queda das vendas no início de 2009. "Com crise ou sem crise, que sempre afeta bem menos os não duráveis, é normal descermos em dezembro e janeiro."