19/02/08 11h18

Venda de implementos rodoviários cresce 29% em 2007

Valor Econômico - 19/02/2008

A indústria brasileira de implementos rodoviários encerrou 2007 com vendas 29% maiores, totalizando 110,1 mil unidades contra 85,5 mil em 2006, conforme dados da Anfir, a entidade que reúne as empresas do setor. Randon, Guerra, Facchini e Noma respondem por até 80% da produção deste mercado. Já o faturamento geral foi de aproximadamente R$ 2,5 bilhões (US$ 1,42 bilhão), o que representa avanço de 25% sobre o de 2006, que foi de R$ 2 bilhões (US$ 918,7 milhões). O setor, que produz reboques, semi-reboques e carroçarias sobre chassis, estima crescimento entre 10% e 12% no número de implementos comercializados neste ano, levando em conta fatores como alta no preço de matérias primas e juros. Segundo Rafael Wolf Campos, presidente da Anfir, o preço dos equipamentos pode ser reajustado em até 12% por causa dos aumentos do aço, alumínio e salários. No entanto, a projeção de uma menor evolução nas vendas em 2008 não está associada aos possíveis reajustes. "Em 2007, crescemos sobre uma base de vendas não tão sólida como a de 2004", justifica Campos. O crescimento de vendas do ano passado sobre 2004 é de 8%. "O mercado recuou nos dois anos seguintes e voltou a ganhar força em 2007", diz. De acordo com ele, a ocupação da capacidade instalada do setor é próxima dos 100%. "Os fabricantes estão fazendo expansões, mas o efeito não é imediato", alega Campos, ao relatar o tempo médio de espera por um equipamento, que hoje chega a 120 dias, mas normalmente é de 60 dias. Entre os modelos de reboques e semi-reboques com maior crescimento nas vendas estão os cobertos com lona (75,3%), os basculantes (59,6%), os tanques-carbono (54,2%), os canavieiros (45,6%) e os graneleiros (42,8%). A evolução média foi de 38,6%.