17/01/08 11h38

Venda de cimento cresce 10% e bate recorde

Valor Econômico - 17/01/2008

A indústria brasileira de cimento bateu o recorde de produção e vendas em 2007, alcançando o patamar de 45,8 milhões de toneladas, dos quais 44,6 milhões foram vendidas no mercado interno, registrando um crescimento de 10,1% no ano. José Otavio de Carvalho, secretario-executivo do Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC), disse que o consumo de cimento foi puxado pela indústria de construção imobiliária habitacional. "Foi basicamente fruto do grande "boom" do setor imobiliário que pegou o país inteiro". Para este ano, a entidade prevê expansão entre 10% a 11% com as vendas batendo na casa dos 50 milhões de toneladas/ano, por causa do "efeito PAC". O cenário desenhado pelo SNIC é de manutenção do aquecimento da construção civil por conta da oferta de crédito dos bancos, da capitalização das construtoras e incorporadoras e do esperado início de obras do PAC. Apesar do avanço na produção e nas vendas de cimento, o que confirma o aumento do investimento no ano passado, o consumo per capita do produto em 2007 atingiu 240 quilos por habitante, um crescimento de 7% em relação a 2006, mas ainda abaixo da média mundial de 390 quilos/ano. Para 2008, levando em conta a expansão projetada para a indústria, o consumo per capital de cimento poderá atingir 265 quilos no Brasil. "O número é expressivo, mas ainda fica longe da média mundial", disse Carvalho. O país ainda está longe de consumir cimento como acontece na Espanha (1 mil quilos por habitante) e na Grécia (1,1 mil habitantes). A capacidade instalada da indústria de cimento no país é hoje de 62 milhões de toneladas ao ano. Deverá ser ampliada até 2010 em função dos investimentos anunciados pelas empresas. Ao todo, 10 grandes grupos atuam no setor: Votorantim, Grupo João Santos, Cimpor, Holcim, Lafarge, Camargo Corrêa, Cimento Tupi, Ciplan, Cimento Liz e Cimento Itambé.