Venda anual de PCs cresce 38% no Brasil

Valor Econômico - 20/02/2008

O comércio de computadores pessoais no Brasil cresceu 38% no ano passado, fechando o período com 10,7 milhões de unidades vendidas. Isso colocou o país na quinta colocação no ranking dos maiores mercados mundiais de PCs, com potencial para chegar à terceira posição em 2010, segundo dados da consultoria IDC. O país também consolidou sua liderança no mercado da América Latina, com 47,3% das vendas, contra 19,5% do México, o segundo colocado. A base instalada de computadores, porém, ainda é maior entre os mexicanos. De acordo com Reinado Sakis, analista do IDC, muito do crescimento brasileiro se deu por conta da entrada de novos fabricantes no mercado, como a Philips e a Sony (que passou a fabricar seus notebooks Vaio no país), além de outras companhias menores. Embora ainda haja espaço para expansão, Sakis observa que há muitos desafios para os fabricantes, principalmente as marcas novas. Um dos principais obstáculos é que a competição crescente reduz o espaço de exposição entre os varejistas. Segundo o IDC, os micros de mesa ou desktops continuaram a liderar as vendas em número de unidades. Foram 9,1 milhões de máquinas vendidas, 28% a mais que em 2006. Apesar disso, os notebooks apresentaram uma evolução mais rápida: a venda dos micros portáteis cresceu 153% no ano, para 1,5 milhão de unidades. O levantamento do IDC mostra que as vendas de computadores sem marca e de origem duvidosa - o chamado mercado cinza -, continuam a cair, mas segundo Sakis não devem ficar abaixo do patamar de 30% do total, caso não haja uma mudança nos hábitos de consumo. Entre esses hábitos estaria a decisão do consumidor de comprar uma máquina mesmo quando há evidências de sonegação fiscal. A venda dos aparelhos sem marca representou 46,4% do total de PCs vendidos no ano passado no país. Em 2006, a proporção havia sido de 50,8%.