11/06/08 15h06

Varejo nacional deve receber mais capital estrangeiro

Valor Econômico - 11/06/2008

O varejo brasileiro pode vir a receber investimentos entre US$ 1 bilhão e US$ 2 bilhões neste ano. E o setor de vestuário é o mais promissor, segundo a consultoria A.T. Kearney, que divulgou ontem sua mais recente pesquisa sobre atratividade e evolução do varejo em 30 países emergentes. A maior parte desses aportes deverá chegar por meio de aquisições e também por meio de aumento de participação já existente no país, diz Markus Stricker, consultor da A.T. Kearney. "O consumidor no Brasil é jovem, tem consciência de moda e tem uma disposição para gastar com vestuário que é seis vezes maior do que a do chinês", explica Camilo Pereira, também consultor da A.T. Kearney. O varejo brasileiro ganhou 11 posições num ranking de atratividade e desenvolvimento que engloba 30 nações emergentes. Em sua sétima edição, o levantamento realizado pela A.T. Kearney com dados de 2007 mostra que o país está mais interessante para investimentos no varejo: o Brasil figura agora em 9ª posição, atrás do Chile (8ª); Arábia Saudita (7ª); Marrocos (6ª); Egito (5ª); China (4ª); Rússia (3ª); Índia (2ª) e do Vietnã, o líder. Para Markus Stricker, consultor da empresa, o salto deve-se ao alto grau de atratividade (um dos quatro critérios de avaliação do indicador) do varejo brasileiro. Segundo ele, o aumento do número de consumidores com acesso às lojas e com poder de compra mais elevado abre um grande potencial de expansão para o mercado. A estabilização da economia e o avanço do crédito também justificam a evolução do Brasil na pesquisa.