27/10/09 12h27

Varejo investe em arquitetura e visual para ampliar vendas

DCI

Investir no planejamento estratégico do ponto-de-venda (PDV) para melhorar a interação consumidor-loja é a nova arma dos empresários varejistas, como a Chicco, rede italiana especializada na comercialização de produtos infantis que incorporou 14 unidades da antiga Babylândia e espera crescer 35% até o fim de 2010 com o projeto de renovação das lojas. A ideia da empresa foi reformular a arquitetura, além de adotar um novo layout e utilizar um corner (canto exclusivo) que abrigará toda a linha de produtos da marca, organizados por idade e gênero e tipo de produto. Com o novo conceito, a empresa espera melhorar a exposição dos produtos e facilitar o atendimento ao cliente.

Mês passado, a unidade Chicco do Shopping Morumbi, em São Paulo, foi totalmente reformulada para receber o conceito spider chicco, que consiste na troca dos móveis que formam um corner dentro da loja e expõem toda a linha de produtos, explica Paulo Solimeu, diretor-geral da empresa no Brasil. Segundo Solimeu, serão investidos três milhões de euros, para ter todas as lojas da rede reposicionadas com o novo layout, nos próximos dois anos. "Crescemos 30% ao ano e com esse projeto pretendemos aumentar mais 30% ou 35% em 2010", conta o diretor.

Além de mudar o visual dos pontos-de-venda, a Chicco pretende investir no segmento têxtil e transformar o Brasil em um país estratégico a partir do qual exportará toda a sua linha a outros países das Américas. "Por enquanto comercializamos apenas itens da linha dura: brinquedo, carrinho, mamadeira e chupeta. Até agora a roupa vendida era toda importada de países como Itália, China e Índia. Agora nós estamos começando um projeto piloto: o de trabalhar com linhas de roupas", declarou Paulo Solimeu. Para ele, a ideia é fortalecer a marca para começar a franquear daqui a 24 ou 36 meses.

Outra varejista que aposta na reformulação arquitetônica dos pontos-de-venda como forma de atrair os clientes é a Scala, rede de franquias do Grupo Scalina, especializada em roupas femininas. A proposta envolve uma expansão para chegar a 150 lojas com o novo conceito, até 2012. Apenas neste fim de ano, 11 novas lojas serão abertas em shopping centers de todo o País. "Nesta nova loja vamos colocar objetos de madeira de estilo rústico, cores mais escuras e equipamentos mais modernos", conta o gerente de Marketing da empresa, Marcos Giantaglia.

Segundo o executivo, as novas lojas da rede terão um visual mais moderno, baseado também em modelos estrangeiros de pontos-de-venda do segmento de moda feminina. Para isso, foram investidos R$ 340 mil (US$ 197,7 mil) na transformação da loja instalada no Shopping Anália Franco, na capital paulista. Esta foi a primeira da rede a receber o novo conceito, que promete dar mais visibilidade aos produtos e facilitar o visual merchandising.