Varejo da região deve atingir maior receita da história em 2024
Folha da RegiãoAs vendas do comércio varejista na região de Araçatuba devem crescer 11% em 2024, em comparação com o ano passado, de acordo com as projeções da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Se as estimativas, que refletem a performance do setor neste ano, se confirmarem, o faturamento real atingirá a marca de R$ 21,9 bilhões, maior cifra desde o início da série histórica, em 2008.
Além disso, a taxa de crescimento de 11% representaria o terceiro melhor desempenho entre as 16 regiões do Estado de São Paulo (varejo paulista deve crescer 9%), mas vale destacar que essa alta nas vendas se dará sobre uma base mais fraca de comparação — considerando que, em 2023, as vendas do varejo na região exibiram alta de apenas 2,7% em comparação a 2022.
Projeções das vendas do varejo na Região de Araçatuba para 2024
A projeção é que oito das nove atividades analisadas registraram crescimento, com destaque para os supermercados, as farmácias e perfumarias e as lojas de vestuário, tecidos e calçados, que também devem alcançar a maior receita. Outro destaque é o setor automotivo: as concessionárias de veículos seguem uma trajetória positiva desde o 2023, ao passo que o segmento de autopeças e acessórios pode se recuperar da queda nas vendas observada no ano passado, atingindo o maior faturamento da história. Por outro lado, a previsão é que as lojas de móveis e decoração apresentem números negativos em 2024.
Na visão da FecomercioSP, de maneira geral, o desempenho favorável do varejo em 2024 foi motivado, principalmente, pela queda da taxa de desemprego e pela geração de vagas com carteira assinada, o que eleva o contingente de pessoas em condições de consumir, gerando maior injeção de recursos do décimo terceiro salário no fim do ano. Para se ter uma ideia, em âmbito nacional, a taxa de desemprego atingiu 6,2% no trimestre de agosto a outubro, menor patamar desde o início da série histórica (2012) — entre janeiro e outubro, mais de 2,1 milhões de empregos formais foram gerados no Brasil.