19/10/07 11h49

Varejo comemora oito meses consecutivos de crescimento

Gazeta Mercantil - 19/10/2007

O comércio brasileiro completou em agosto oito meses consecutivos de aumento nas vendas, garantindo assim um forte ritmo de expansão da atividade econômica no País. De acordo com levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), divulgado ontem, o volume de vendas no varejo em agosto ficou 0,7% acima do registrado em julho, superando a mediana das projeções de economistas consultados pela Reuters, que indicava avanço de 0,2%. De janeiro a agosto, as vendas no varejo cresceram 9,7%, enquanto as receitas ficaram 11% maiores. Nos últimos 12 meses, o volume de vendas acumula uma expansão de 9%. As receitas, por sua vez, cresceram no período 9,9%, o melhor resultado do setor em agosto desde 2001. Na comparação com agosto do ano passado, o aumento foi ainda maior: 9,9%. A variação também superou a mediana das projeções, que apontava para avanço de 8,5%. Em termos de receita, o aumento mensal foi de 1,3% e de 13,2% na comparação anual. Segundo o levantamento do IBGE, em comparação com o mesmo período do ano passado todos os segmentos do comércio apresentaram aumento nas vendas em agosto. As altas mais significativas ocorreram nas vendas de hipermercados e supermercados, alimentação e bebidas (6,4%); móveis e eletrodomésticos (16,8%) e artigos farmacêuticos e médicos (19,5%). Embora com menor peso na taxa global de crescimento do varejo, a atividade ligada a equipamento e material para escritório, informática e comunicação foi a que teve melhor desempenho, com aumento de 34% no volume comercializado. O comércio de veículos, motos e peças, que faz parte do varejo ampliado, por incluir vendas em grande volume, teve também expansão de 25,8%. De julho para agosto deste ano, somente o segmento de hipermercados e supermercados, alimentação e bebidas apresentou queda nas vendas (0,5%). De acordo com o IBGE, a queda foi por causa da alta dos preços dos alimentos, que nos últimos três meses chegou a 5%, ficando acima da média da inflação.