USP e Embrapa oficializam parceria para pesquisas em sustentabilidade
EmbrapaPesquisas voltadas à sustentabilidade da agricultura estão no foco de um novo acordo assinado no último dia 11 entre a Embrapa e a Universidade de São Paulo (USP). O protocolo de intenções acordado abrange o uso compartilhado do Centro de Agricultura Tropical Sustentável (STAC) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da USP.
Assinado durante o Fórum de Agricultura Tropical Sustentável, realizado na capital paulista, na USP, o documento tem como objeto trabalhos de desenvolvimento de métricas e selos de sustentabilidade ligados às práticas ESG, sigla em inglês para definir a abordagem de governança ambiental, social e corporativa.
O evento marcou o lançamento oficial do STAC e do Laboratório de Rastreabilidade e de Sustentabilidade no Ambiente Tropical, que contaram com investimentos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). “Além de ser crucial para a existência da atividade agropecuária, a sustentabilidade é, em todas as suas dimensões, uma exigência cada vez mais presente no mercado mundial. Por isso, a rastreabilidade será uma condição cada vez mais demandada pelo setor”, declarou a presidente da Embrapa Silvia Massruhá.
Ela explica que não há como atestar a sustentabilidade de um produto final se não houver um sistema de rastreamento confiável e presente em toda a cadeia produtiva. "A rastreabilidade dá transparência a todo o processo de produção", completou a presidente ao destacar que a assinatura marca um estreitamento de relações entre Embrapa e USP que reforçará a sustentabilidade da agricultura brasileira..
No Fórum, foi ainda anunciada a criação do Selo Verde Brasil, uma iniciativa do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) a ser criado por decreto. “A Embrapa e a Universidade de São Paulo serão responsáveis por fornecer os subsídios técnicos para a construção da norma [para a obtenção do selo]”, anunciou Durval Dourado Neto, o coordenador do STAC, ressaltando que o selo ajudará o País a contornar barreiras não tarifárias de outros países.
“Esperamos que esses novos centros promovam articulações e tragam à tona novas questões de pesquisa ligadas aos desafios globais atuais,” declarou a diretora da Esalq, Thaís Vieira. “A agricultura é uma das grandes máquinas que estão mantendo o crescimento do Brasil e temos de desenvolver uma agricultura que capte carbono e seja reconhecida pelo mundo por sua sustentabilidade”, disse o reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Júnior.
Na ocasião, também foi lançado o livro Agro 4.0 - fundamentos, realidades e perspectivas da Agricultura Digital para o Brasil. Participaram do evento representantes do MDIC, da Secretaria Estadual de Agricultura de São Paulo, de empresas privadas e do ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues.