USP é a 92ª melhor universidade do mundo no QS World University Ranking
Pelo segundo ano consecutivo, a USP é classificada entre as 100 melhores universidades do mundo e é a instituição brasileira mais bem posicionada
Jornal da USPNa 92ª posição, a USP é a melhor universidade brasileira, de acordo com o QS World University Ranking, um dos principais rankings universitários do mundo, divulgado hoje, dia 4 de junho. Elaborado anualmente pela consultoria britânica especializada em ensino superior Quacquarelli Symonds (QS), o ranking avaliou mais de 6 mil universidades, classificando as 1.500 melhores instituições.
Em relação ao ano passado, a USP caiu sete posições e deixou de ser a instituição latino-americana mais bem classificada, ficando atrás da Universidade de Buenos Aires (UBA), que ficou na 71ª posição. A Pontíficia Universidade Católica do Chile aparece logo depois da USP, no 93º lugar, e a Universidade Nacional Autônoma do México, na 94ª colocação. “Pelo segundo ano consecutivo, a USP ficou no grupo das 100 melhores do mundo, o que mostra a excelência da nossa Universidade. É natural que, ano a ano, a posição das universidades no ranking varie um pouco, o importante é estar sempre no grupo das principais instituições do mundo”, afirmou o reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior.
A coordenadora do Escritório de Gestão de Indicadores de Desempenho Acadêmico (Egida) da USP, Fátima de Lourdes dos Santos Nunes Marques, explica que a diferença de pontuação das universidades que estão na mesma faixa que a USP é pequena e, dessa forma, qualquer movimento nos indicadores, por menor que seja, pode resultar em alterações pontuais em alguns dos critérios avaliados. Em relação ao cômputo geral das notas, a USP ficou um décimo abaixo da nota do ano passado e, em cinco dos indicadores, a Universidade teve nota maior em relação à edição de 2023.
Além disso, Fátima considera que há um movimento natural de adequação das instituições à nova metodologia aplicada desde a última edição e que provocou mudanças significativas nas posições das universidades. “Após os resultados da última edição, as universidades puderam se adequar à nova composição de indicadores e pensar em estratégias para aprimorar seu desempenho. Quem não participava ou não fornecia dados robustos para o QS Sustentabilidade, por exemplo, pode ter passado a olhar com mais atenção a esse ranqueamento, já que ele vale 5% do score total no ranking global“, avalia.
O Brasil continua sendo o país latino-americano com mais instituições classificadas no ranking, com 35 ao todo. Depois da USP, a melhor posicionada foi a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), na 232ª colocação, seguida da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na 304ª.
No topo da lista de classificação estão o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês) – que lidera o ranking pelo décimo terceiro ano consecutivo –, seguido do Imperial College London (2º); da Universidade de Oxford (3º) e da Universidade de Harvard (4º).
POSIÇÃO |
UNIVERSIDADE |
PAÍS |
---|---|---|
1º |
Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) |
Estados Unidos |
2º |
Imperial College London |
Reino Unido |
3º |
Universidade de Oxford |
Reino Unido |
4º |
Universidade Harvard |
Estados Unidos |
5º |
Universidade de Cambridge |
Reino Unido |
6º |
Universidade Stanford |
Estados Unidos |
7º |
Instituto Federal de Tecnologia da Suíça (ETH Zurich) |
Suíça |
8º |
Universidade Nacional de Singapura |
Singapura |
9º |
Universidade College London |
Reino Unidos |
10º |
Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) |
Estados Unidos |
92º |
Universidade de São Paulo (USP) |
Brasil |
232º |
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) |
Brasil |
304º |
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) |
Brasil |
Para o vice-presidente sênior da QS, Ben Sowter, “as universidades brasileiras estão progredindo neste ranking, lideradas pela prestigiosa Universidade de São Paulo, e há todas as oportunidades para que o ensino superior brasileiro continue a crescer com investimentos direcionados e estratégias eficazes. A maneira mais clara de elevar suas universidades é aprimorar sua pesquisa, a qual enfrenta os mesmos desafios na América Latina em geral – financiamento insuficiente, especialização limitada e falta de diversidade de pessoal, entre outros. Parcerias estratégicas de pesquisa produtivas, como a que foi firmada recentemente entre a USP e a recém-coroada melhor universidade do Reino Unido, o Imperial College London, podem impulsionar o tipo de pesquisa de ponta que apoiará seu progresso futuro”.
Indicadores
Publicado desde 2004 pela Quacquarelli Symonds – organização internacional de pesquisa em educação, especializada em instituições de ensino superior –, o ranking analisou artigos acadêmicos e opiniões de docentes e empregadores do mundo todo.
As universidades foram avaliadas de acordo com nove indicadores: reputação acadêmica, reputação entre empregadores, proporção de professor para estudante, citações científicas, número de estudantes estrangeiros, corpo docente internacional, sustentabilidade, empregabilidade e rede internacional de pesquisa.
Em cinco desses indicadores o desempenho da USP se destaca: no quesito Empregabilidade (27ª posição), em Reputação acadêmica (40ª), em Rede internacional de pesquisa (60ª), em Sustentabilidade (67ª) e em Reputação entre empregadores (87ª).
INDICADOR |
CLASSIFICAÇÃO |
---|---|
Reputação acadêmica |
40º |
Reputação entre empregadores |
87º |
Proporção de professor para estudante |
646º |
Citações científicas |
456º |
Número de estudantes estrangeiros |
701+ |
Corpo docente internacional |
701+ |
Sustentabilidade |
67º |
Empregabilidade |
27º |
Rede internacional de pesquisa |
60º |
Mais informações sobre o ranking podem ser obtidas na página do Escritório de Gestão de Indicadores de Desempenho Acadêmico (Egida) da USP.
QS Subject
Além da classificação geral, a USP também sobressai nos rankings específicos da instituição. No QS World University Rankings by Subject, divulgado no dia 10 de abril, a USP teve 44 de seus cursos classificados entre os 100 melhores do mundo na área específica, sendo que 16 foram classificados entre os 50 melhores.
Os cursos que se destacaram nesse ranking foram: Odontologia (13ª posição); Antropologia (23ª); Engenharia de Petróleo (24ª); Agricultura e Silvicultura (32ª); Engenharia de Minas (34ª); Enfermagem (34ª); Engenharia Civil e de Estruturas (38ª); Arquitetura (39ª); Política Social e Administração (42ª); Sociologia (43ª); Arqueologia (44ª); Esportes (44ª); Farmácia e Farmacologia (44ª); Ciências Ambientais (44ª); Direito (45ª); e Línguas Modernas (46ª).