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Usiminas e Nuclep fazem parceria em bens de capital

Valor Econômico - 19/09/2008

A Usiminas Mecânica, empresa de bens de capital controlada pelo grupo siderúrgico Usiminas, acaba de firmar parceria com a Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep) para ampliar sua participação no fornecimento de equipamentos para os setores de óleo e gás, principalmente, siderurgia e mineração. As duas empresas vão unir conhecimentos e capacidades fabris para disputar encomendas de projetos. Guilherme Muylaert, diretor-superintendente da fabricante mineira, que faturou R$ 1 bilhão (US$ 613,5 milhões) no passado, observou que há uma forte demanda no país para fornecimento de equipamentos e serviços. Ele apontou projetos anunciados pela Petrobras (exploração do pré-sal e novas refinarias), por Vale do Rio Doce (investimentos de US$ 60 bilhões até 2012) e outras mineradoras e novas usinas de aço, inclusive o da nova siderúrgica da Usiminas. A parceria com a Nuclep, cuja fábrica fica em Itaguaí (RJ), será por cinco anos e a estimativa preliminar é que possa gerar R$ 300 milhões (US$ 184 milhões) de negócios a cada ano. Segundo Muylaert, o modelo da união será projeto a projeto, nas três áreas, mas já está certo que estarão juntas em pedidos de encomendas da Petrobras e nos projetos da nova usina de aço e de expansão da mina de ferro da Usiminas. A Usiminas Mecânica, com principal unidade fabril em Ipatinga (além de Betim-MG e Cubatão-SP), atua em quatro áreas de negócios no setor de bens de capital pesados: equipamentos industriais, estruturas metálicas e pontes, blanks (chapas de aço cortadas em peças e componentes) e montagens industriais. Um dos mais novos segmentos da empresa é a fabricação de vagões ferroviários, cuja produção já chega a 60 unidades mensais. A empresa já é grande fornecedora da Petrobras em plataformas e outras unidades petrolíferas. Para atender à demanda, a empresa ampliou a capacidade de fabricação de estruturas metálicas e pontes, em mil toneladas ao mês, para 4 mil, e a de blanks, dentro da Cosipa, em Cubatão, para 5 mil. "Já temos novo plano para duplicar essa unidade, que atende a indústria naval e torres eólicas, por exemplo", informou. Para a Nuclep, a parceria com a Usiminas e outras empresas faz parte do processo de recuperação da fabricante de equipamentos, com orientação de seu acionista (governo) para complementar a oferta de bens de capital no país, usando capacidade ociosa que dispunha.