Unicamp lidera pesquisa sobre biocombustíveis
Correio Popular - CampinasA Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) servirá como sede de um centro de desenvolvimento de motores movidos a biocombustíveis, integrado por cientistas de todo o Estado. O projeto - que envolve investimentos da ordem de R$ 32 milhões - nasceu a partir de um convênio firmado por instituições de ensino, montadoras e a agência de fomento a pesquisas mantida pelo governo paulista.
A ideia dos idealizadores é integrar programas que, hoje, são desenvolvidos isoladamente, em cada instituição. O grupo vai aprimorar configurações mecânicas, projetar veículos híbridos, elaborar técnicas para redução de consumo e emissão de gases.
Acordo
O termo de cooperação foi assinado no dia 4 de novembro por dirigentes da Unicamp, da Universidade de São Paulo (USP), do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT). Ficou acertado que a central será mantida durante dez anos com verbas repassadas pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e uma empresa que reúne, no Brasil, os corpos administrativos da Citroën e da Peugeot.
Metade de todo o investimento previsto - R$ 16 milhões, no caso - será assumida pelas próprias instituições de ensino e pesquisa, que vão bancar despesas operacionais e salários. O Centro de Pesquisa em Engenharia Professor Urbano Ernesto Stumpf, como foi batizado, será voltado basicamente ao desenvolvimento de motores de combustão interna, adaptados aos combustíveis limpos, sustentáveis.
Áreas envolvidas
A partir de Campinas, será ordenado o trabalho de especialistas respeitados nas áreas de engenharia mecânica, ambiente, combustão, propulsão e energia, entre outras. Waldyr Gallo, professor de engenharia mecânica da Unicamp, coordena o projeto. O mestre é um dos oito pesquisadores que, juntos, foram os autores da proposta escolhida na chamada pública que selecionava projeto para o acordo de cooperação acertado, ainda em 2012, pela Fapesp e a Peugeot Citroën do Brasil (PCBA).
Dos educadores preponentes, três são de Campinas. Os demais prestam serviço nas instituições parceiras. Gallo - com 60 anos de idade e 33 de carreira na universidade campineira - explica que o Brasil é pioneiro em programas que buscam fontes alternativas de combustão. Mas o carro a álcool, ele admite, não é unanimidade entre os consumidores.