Um olhar para o mercado brasileiro de equipamentos médicos

Com volume anual estimado de quase US$ 6 bilhões e forte potencial de desenvolvimento, o mercado brasileiro de equipamentos médicos está no topo da estratégia de internacionalização de muitas empresas de tecnologia médica.

O mercado brasileiro de equipamentos médicos demonstrou forte crescimento nos últimos anos. O desenvolvimento econômico da última década, um aumento no emprego formal e maiores rendimentos têm impulsionado a cobertura de planos de saúde privados, que são principalmente reservados para as famílias de renda mais alta, mas muitas vezes financiado em parte pelos empregadores como um benefício. A atual desaceleração econômica pode ligeiramente atenuar esse ritmo de crescimento, mas a política pública de saúde e a enorme demanda em espera bem como fatores demográficos e o aumento da prevalência de doenças crônico-degenerativas vai estimular o consumo de serviços de saúde, também no futuro.

O sistema de saúde brasileiro é dividido. O Sistema Único de Saúde - SUS por um lado é gratuito, mas incapaz de prestar serviços suficientes em qualidade adequada. A sua organização descentralizada e frequentes casos de atraso e falta de pagamento representam um risco para os negócios. Os serviços privados por outro lado são geralmente mais bem financiados e fomentam a adoção de tecnologia moderna. O número de médicos tem crescido acentuadamente, estimulando a demanda por equipamentos médicos. Os laboratórios médicos representam os principais fornecedores de exames médicos. Esta parte do setor também vivenciou forte crescimento, mas ao mesmo tempo houve uma forte consolidação impulsionada pela tecnologia e economias de escala.

O Brasil tem uma crescente indústria nacional de equipamentos médicos, que é competitiva especialmente no segmento odontológico e de consumíveis hospitalares. mais de 50% da demanda, porém, continua abastecida por importações (US$ 3,045 bilhões em 2014). No entanto os impostos de importação e exigências regulatórias têm forçado muitas empresas multinacionais a considerar instalações de produção local, mediante aquisições de fabricantes existentes, geralmente de médio porte, ou investimentos em greenfields. A falta de acordos de livre comércio e a ausência de reconhecimento mútuo de registros de produto estrangeiros também contribuíram.

Definitivamente, as empresas que considerarem a entrada no mercado brasileiro devem se preparar com cuidados e avalias as peculiaridades.

O recente relatório de mercado da Switzerland Global Interprise - S - GE contribuirá para melhor avaliar as oportunidades e desafios. Fornecendo uma visão geral sobre a indústria, destacando vários aspectos, tais como mercado e crescimentos nos respectivos segmentos, a indústria local, o ambiente regulatório, bem como considerações de marketing e distribuições. O relatório (disponível em inglês) pode ser encomendado através do site da S-GE.