TVs de LCD já começam a roubar espaço do plasma
Valor Econômico - 08/01/2007
Os painéis de plasma, que lideraram a primeira onda de consumo de televisores de tela fina, começam a perder terreno para a tecnologia de cristal líquido (LCD). Executivos do setor estimam que o LCD, em 2007, responderá por 80% das vendas, limitando a participação do plasma a 20%. Em 2006, as duas tecnologias dividiram meio a meio o mercado, mas há previsões de que, a partir de agora, o LCD avançará a passos largos. Grandes fabricantes, como a Samsung, Philips e LG, lançaram recentemente LCDs de tela grande - de mais de 40 polegadas - com preços não muito mais altos do que os seus similares de plasma. Até meados do ano passado, só era possível achar TVs de mais de 42 polegadas com a tecnologia plasma. Isto porque os painéis de cristal líquido não eram competitivos nesse tamanho. Há cerca de um ano, um televisor de 42 polegadas de LCD poderia custar até 50% mais caro do que o equivalente aparelho de plasma. Mas essa diferença encolhe a cada dia com os ganhos de escala na produção mundial de LCD. Apesar do avanço do LCD, as empresas afirmam que não têm planos de abandonar o plasma, pelo menos por enquanto. No entanto, quando os preços das duas tecnologias se igualarem, é provável que muitas marcas se concentrem só no LCD. A tendência é de que, no futuro, o plasma sobreviva apenas como um produto de nicho. Segundo fontes do setor, não há nada de errado com essa tecnologia. Pelo contrário, há até mesmo defensores do plasma, que dizem que o contraste e a qualidade da imagem são superiores. A indústria está apostando no LCD por uma questão econômica. Essa tecnologia permite todos os tamanhos de painéis, que começam nas minúsculas telas dos celulares, passam pelo monitores de PC e agora chegam aos painéis de mais de 50 polegadas. O setor acredita que as vendas de TVs de tela fina - LCD e plasma - irão dobrar neste ano no Brasil, saltando de 300 mil unidades em 2006 para 600 mil. Ainda assim, o número é inexpressivo se comparado ao consumo de TVs de tubo, que foi de 10 milhões em 2006.