28/05/10 10h45

Turismo receberá aportes de US$ 6,29 bilhões até Olimpíadas

DCI

O Ministério do Turismo, que pretende atingir a marca de oito milhões de turistas até 2014, prevê investimentos superiores a R$ 11 bilhões (US$ 6,29 bilhões) nos próximos anos. As prioridades são os eventos esportivos de 2014 e 2016 e infraestrutura à segurança, promoção, profissionalização de profissionais e a integração de regiões brasileiras. "O Brasil tem muitos desafios para se tornar a grande nação do turismo no mundo, principalmente com a Copa do Mundo e as Olimpíadas, que são a oportunidade do País dar um salto de qualidade", afirmou o ministro do turismo, Luiz Barreto, com exclusividade ao DCI.

O ministério irá investir R$ 400 milhões (US$ 228,6 milhões), até 2013, na qualificação profissional de mais de 300 mil trabalhadores da área de turismo, pertencente ao programa "Olá Turista", que atualmente está treinando 40 mil profissionais em todas as cidades que sediarão os jogos da Copa no Brasil, além das parcerias com o setor para garantir a qualidade nestes treinamentos. "Nós temos uma meta de treinar e qualificar mais de 300 mil trabalhadores até 2013, para estabelecer uma demanda de profissionais que seja efetiva", garantiu Barreto.

O ministro também comentou sobre a preocupação em criar ações promocionais a fim de tornar os roteiros do País mais conhecidos, tanto em âmbito nacional, como internacional. Ao todo serão investidos R$ 150 milhões (US$ 85,7 milhões) oriundos da Embratur, que é a autarquia especial da pasta, para atrair 8 milhões de turistas ao Brasil já em 2014. "Essa é outra meta ousada que teremos, mas se continuarmos no caminho em que estamos podemos até superar esta marca", projeta Barreto.

Segundo ele, o ministério definiu quatro eixos fundamentais para profissionalizar o turismo no Brasil. O primeiro é referente a infraestrutura, que Barreto considera o mais importante pela grande quantidade de problemas a serem resolvidos, como a mobilidade urbana e o sistema aeroportuário, que não pertencem aos limites do ministério, mas geram grande preocupação.

Ele lembrou que a liberação de aproximadamente US$ 2 bilhões, via Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Corporação Andina de Fomento (CAF), que para o Programa de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur) está sendo muito importante para este crescimento. Ele lembra também dos R$ 2 bilhões (US$ 1,14 bilhão) que o Ministério do Turismo irá investir no setor nos próximos anos. Mas, segundo ele, isto não significa que os estados e municípios, junto com a iniciativa privada, não irão investir. "Será um esforço conjunto entre todos os interessados. Mas temos questões especificas relacionadas ao turismo que iremos trabalhar, como a conservação de patrimônio histórico, de pequenas estradas, dos aeroportos regionais, da orla das praias, enfim um conjunto de obras de infraestrutura para melhorar a qualidade de nossos destinos".

Em relação à hotelaria, o ministro afirmou que o governo federal terá o papel de fomentador, em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), visando a ampliação, manutenção e modernização da rede hoteleira no Brasil, com a linha de empréstimo de mais de R$ 1 bilhão (US$ 571,4 milhões), principalmente para projetos ecologicamente sustentáveis. Assim, quanto mais adequado a esta base de criação for o empreendimento, maior será o prazo para maturação da dívida e menor o juro.