09/12/09 11h32

Trem-bala terá tarifa máxima de US$ 145,3

Folha de S. Paulo

O governo definiu ontem o valor teto da tarifa do trem de alta velocidade, o trem-bala, em R$ 0,60 (US$ 0,35) por quilômetro. Nesse preço, o trecho entre o centro do Rio de Janeiro (estação Barão de Mauá) e o Campo de Marte, em São Paulo (412,3 km), ficaria por R$ 247,38 (US$ 143,8). Isso significa que, para ser competitivo com o avião, o trem-bala precisa ter um deságio de no mínimo 40% na tarifa.

Em pesquisa feita nos endereços eletrônicos das companhias aéreas, o menor valor de bilhete encontrado para uma viagem entre o Rio de Janeiro (Santos Dumont) e São Paulo (Congonhas), hipoteticamente marcada para terça-feira que vem, era de R$ 135 (US$ 78,5). Com a taxa de embarque, passou para R$ 150,5 (US$ 87,5). De ônibus (convencional), a viagem sai por R$ 68 (US$ 39,5).

De acordo com Hélio Mauro, superintendente-executivo da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), o preço teto foi definido em um valor que evite a possibilidade de o trem-bala inviabilizar outras formas de transporte. "No trecho entre Paris e Bruxelas, por exemplo, desapareceu o transporte aéreo", afirmou Mauro. O valor teto de R$ 0,60 (US$ 0,35) por quilômetro se refere à passagem na classe econômica do trem de alta velocidade.

Na classe executiva, o preço poderá ser até 75% maior - R$ 1,05 (US$ 0,61) por quilômetro, o que resulta em uma passagem de R$ 432,91 (US$ 251,7) entre as duas cidades. O trem de alta velocidade deverá levar uma hora e 33 minutos entre as duas cidades, enquanto a viagem pela ponte aérea dura cerca de 40 minutos. Por outro lado, o avião exige que o passageiro esteja no aeroporto cerca de uma hora antes para o check-in.