Toyota mira o mercado fora da garantia com a T-Service
Nove lojas foram abertas para atender clientes de seminovos. Montadoras avançam sobre mercado de mais de R$ 60 bilhões
AutoDataA Toyota é mais uma montadora a avançar sobre o mercado de pós-venda para aquele consumidor que tem um carro fora da garantia, estimado em mais de R$ 60 bilhões/ano pela Stellantis, que em janeiro adquiriu 70% da DPaschoal. Nove lojas T-Service, focada no atendimento multimarcas, mas com especialização em veículos Toyota, foram abertas no Brasil e outras sete deverão ser inauguradas até o fim do ano.
A lógica, segundo o diretor comercial José Ricardo Gomes, é manter com a marca os clientes de veículos cuja garantia expirou, sejam eles primeiro, segundo ou terceiro proprietários. Durante a garantia estes clientes fazem a manutenção na concessionária, até por ser uma das exigências para mantê-la.
Como a Toyota a Stellantis deu um passo grande com a aquisição da DPaschoal. A General Motors, por sua vez, estrutura rede ACDelco com o mesmo objetivo.
O diretor calcula que só de modelos Toyota no Brasil a frota-alvo do projeto soma mais de 1,3 milhão de veículos: “Começamos o projeto há cerca de quinze meses com duas lojas, mas já expandimos para nove e outras sete deverão ser abertas este ano. Embora seja multimarca observamos que 80% dos clientes são Toyota”.
As T-Service oferecem serviços de manutenção preventiva e de oficina, como troca de óleo, filtros e pneus. Trabalham apenas com produtos originais: a própria Toyota desenvolveu sua linha no Brasil usando peças de fornecedores locais, segundo Gomes.
Os parceiros são os mesmos grupos concessionários. Em São Paulo, por exemplo, o representante da T-Service é o Grupo Itavema: “Hoje temos 301 concessionárias no País, das quais 220 completas, com peças, serviços e vendas, e o restante com foco em manutenção”.
No fim do ano a companhia inaugura, próximo à sua fábrica de Sorocaba, SP, um novo centro de distribuição de peças. A estrutura, que consumiu R$ 160 milhões em investimento, está pronta, segundo o diretor, que disse que o próximo passo é instalar maquinário e a transferência gradual dos componentes para o novo local. Hoje, segundo ele, 95% a 96% das peças estão em pronta entrega.