31/07/15 14h24

Toyota contrata 500 para fábricas de motor e do Etios

Valor Econômico

Em meio a demissões em larga escala na indústria de veículos, a Toyota trouxe uma notícia positiva a respeito do mercado de trabalho no setor ao anunciar ontem que deu início a um processo para contratar até 500 trabalhadores na fábrica de motores em construção no município de Porto Feliz e no parque industrial em expansão na vizinha Sorocaba, onde monta seu modelo de entrada, o Etios.

Só na fábrica de propulsores, cuja inauguração está prevista para o primeiro semestre do ano que vem, a companhia está contratando aproximadamente 180 pessoas para "diversas áreas de atuação".

Em Porto Feliz, no interior paulista, a Toyota vai produzir os motores 1.3 e 1.5 do Etios. Já em Sorocaba, distante em 30 quilômetros da fábrica de motores, a montadora está investindo mais R$ 100 milhões para ampliar de 74 mil para 108 mil carros por ano a capacidade de produção do compacto, tanto na versão hatch como na versão sedã.

O novo investimento foi anunciado em janeiro para desafogar a fábrica do Etios, que, em jornadas extras, vem operando acima de sua capacidade nominal para atender à demanda pelo modelo. Apesar da crise que derrubou o consumo de veículos no país ao pior patamar em oito anos, as vendas do carro popular da Toyota estão, nas duas versões, crescendo 2,8%, conforme números do primeiro semestre.

No ano passado, a Toyota já tinha vendido 66 mil unidades do Etios no mercado interno e exportou outras 20 mil para Argentina, Paraguai e Uruguai. Cerca de 1,6 mil pessoas trabalham em dois turnos na fábrica de Sorocaba, inaugurada há três anos.

As vagas abertas na empresa podem ser consultadas na seção "Trabalhe Conosco" do site oficial da marca: www.toyota.com.br.

Desde novembro de 2013, quando teve início o atual ciclo de ajuste de mão de obra, 22,7 mil vagas já foram eliminadas em montadoras de veículos e tratores agrícolas. Isso equivale a uma redução de 14,2% do efetivo ocupado na indústria automobilística. Embora ainda administrem excesso de mão de obra nas fábricas, nenhuma montadora anunciou até agora adesão ao novo programa de proteção ao emprego, o PPE.

Na semana passada, Luiz Moan, presidente da Anfavea, a entidade que representa os fabricantes de veículos, informou que outros 18 mil metalúrgicos estão afastados da produção por conta de férias coletivas, licenças remuneradas ou "layoff", que consiste na suspensão temporária de contratos.