Thyssenkrupp quer crescer 7% e mira terceiro turno
Divisão de componentes para suspensão da empresa ampliou oferta de peças originais nos últimos meses
Automotive BusinessA divisão de componentes de suspensão da Thyssenkrupp passou os últimos meses preparando a sua operação para crescer por volta de 7% em 2024. O planejamento começou há dois anos, em 2022, com a chegada de Alessandro Alves, promovido na oportunidade para o cargo de CEO. Antes, o executivo era o COO (diretor de operações) da companhia.
Uma das primeiras medidas já na nova posição, na qual completou um ano em outubro do ano passado, foi implementar a cultura do lean manufacturing na companhia.
Para quem não está familiarizado com o termo, ele representa uma coleção de medidas corporativas de redução de custos, de desperdícios e de tempo de execução dos processos.
Com isso, as duas fábricas da companhia ficaram mais eficientes: a de Ibirité (MG), onde são fabricados componentes para veículos leves, e a de São Paulo (SP), de componentes para pesados.
Após o período de melhorias, explicou o executivo à reportagem de Automotive Business, foi a vez de iniciar uma espécie de segunda fase do plano: expandir a oferta de produtos.
Dentre os novos componentes que foram adicionados ao portfólio da Thyssenkrupp, chegou um que inseriu a companhia no segmento de veículos premium, no caso, os amortecedores da marca subsidiária Bilstein.
"É um segmento que cresceu mais de 20% no ano passado. Nosso produto atende 80% do mercado premium", contou o CEO da empresa.
No caso da sua oferta mais consolidada, a empresa experimentou emoções distintas em termos comerciais nos últimos anos.
Depois de altos e baixos, Thyssenkrupp quer crescer
No segmento de leves, no qual atua com o fornecimento de molas e barras estabilizadoras para as montadoras, houve queda nos volumes. Todavia, segundo Alves, uma queda muito menor do que a do mercado como um todo.
Isso ocorreu porque, disse o CEO, a empresa teve um portfólio abrangente para atender todas as demandas das fabricantes: nenhum produto de sua prateleira ficou sem ter saída, embora em menos quantidade do que em outros tempos.
"Os lançamentos que nossos clientes tinham programados para ocorrer em 2023 nos ajudou a cair menos do que o mercado, cerca de 20%", disse o presidente.
O mesmo ocorreu no segmento de pesados, para o qual a empresa fornece feixes de molas para caminhões e ônibus.
Com a expectativa de novos lançamentos, e de uma possível retomada da produção de pesados no país, a empresa planeja crescer 7% neste ano em volume de vendas.
Tal cenário levou a companhia a analisar a abertura do terceiro turno na fábrica de Ibirité, além de contratações. Ambas as fábricas da Thyssenkrupp hoje operam em dois turnos.
"Estamos conversando com novos clientes também, empresas para as quais já fornecemos componentes no exterior. Dependendo de como estiver o mercado, vamos aumentar a produção", finalizou.