24/06/08 15h12

Tetra Pak investe US$ 49 mi em fábrica de SP

Valor Econômico - 24/06/2008

Com a visão de sustentar o crescimento de sua produção para os próximos anos, a Tetra Pak anuncia hoje um investimento de R$ 80 milhões (US$ 49,1 milhões) em sua fábrica de Monte Mor (SP), o valor mais alto aplicado pela companhia de origem sueca no país desde a construção da sua segunda unidade em Ponta Grossa (PR), ocorrida no início desta década. A fabricante importará dois novos equipamentos - uma impressora e uma laminadora, a máquina capaz de montar as folhas das embalagens tipo longa vida, formadas por papel cartão, alumínio e plástico. Os equipamentos, que elevarão a capacidade de produção da empresa no país em 25%, devem começar a operar até a metade de 2009, concluindo a última etapa de ampliação da fábrica, aberta em 1978. A Tetra Pak empregará mais 69 pessoas na unidade. A subsidiária brasileira - que produziu mais de 12 bilhões de embalagens em 2007, perdendo em volume apenas para a operação da companhia na China - é considerada um dos exemplos de sucesso do grupo. Em 1990, um ano antes de Paulo Nigro, presidente da subsidiária brasileira, ingressar como gerente de vendas na empresa, a operação local faturava US$ 50 milhões. Em 2007, o número saltou para US$ 1,5 bilhão. Boa parte deste crescimento é creditada a Nelson Findeiss, o primeiro brasileiro a comandar a empresa sueca no país no início dos anos 90. Das quase 10 bilhões de unidades vendidas hoje no mercado interno, mais da metade representam o mercado de lácteos. Nigro, que sucedeu Findeiss ao longo do ano passado também nos cargos de responsável pelas operações da empresa na América do Sul e Caribe, avalia que o consumo per capita ainda é baixo. A idéia é que a demanda seja atendida em três anos com a nova capacidade. Caso necessite, parte das exportações, que hoje representam cerca de 25% do volume produzido, poderão ser direcionadas ao mercado doméstico. Mas, além da expansão da fábrica, a Tetra Pak contratou gente para lidar com os clientes (que inclui engenheiros de alimentos e microbiologisas) e abriu vagas para busca de mais profissionais para sustentar o crescimento. Além disso, a fabricante decidiu focar em regiões de grande potencial, onde o consumo de embalagens é menor, e desenvolver novos produtos.