13/02/13 18h15

Terminais privados investem em melhorias

O Estado de S. Paulo

Alguns já concluíram os projetos, outros estão na metade da construção e há aqueles que ainda vão começar as obras

Enquanto as novas regras do setor portuário não saem do papel, os donos de terminais privados garantem que estão investindo para elevar a capacidade de suas instalações e melhorar a produtividade. Alguns já concluíram seus projetos, outros estão na metade da construção e há aqueles que ainda vão começar as obras.

A maioria das construções envolve a ampliação dos berços de atracação e compra de equipamentos mais modernos, como os chamados portêineres (máquinas que movimentam os contêineres do cais para o navio e vice-versa). Nenhum dos terminais, no entanto, admite que opera acima da capacidade. Segundo eles, após o estudo da Booz & Company, inúmeros reforços foram realizados.

A Libra Terminais, no Porto de Santos, diz que fez vários investimentos nos últimos anos e que está operando dentro do limite da capacidade. Em 2010, a produtividade da empresa em movimentação de contêineres era de 30 movimentos por hora. No ano passado, subiu para 50. "Trouxemos equipamentos novos, promovemos algumas mudanças estruturais e treinamos nossos operadores", afirma o diretor-presidente da companhia, Wagner Biasoli,

O Tecondi de Santos também aposta na compra de novos equipamentos para melhorar sua produtividade. O diretor operacional do terminal, Querginaldo Camargo, afirma que a empresa, comprada em 2012 pelo grupo Ecorodovias, está em processo de aquisição das máquinas, que devem chegar nos próximos 30 meses. Ele diz que também investiu na construção de um novo berço de atracação e ampliou em 35 mil metros quadrados a área de estocagem - o que permitiu elevar em um terço a capacidade do terminal.

A APM Terminals, em Itajaí, aguarda um aditivo ao contrato para incorporar dois novos berços ao terminal. Ao ser anexada à área atual, a empresa dobraria sua capacidade. "Com mais espaço, consigo ampliar minha produtividade", afirma Ricardo Arten, superintendente do terminal.

O superintendente de Paranaguá, Luiz Henrique Dividino, conta que concluiu no ano passado a elaboração do plano de zoneamento do porto para os próximos 20 anos. Serão 20 novos empreendimentos, entre terminais de granéis líquidos e sólidos. No curto e médio prazo, algumas medidas estão sendo colocadas em prática para organizar melhor a operação. Foram contratados projetos para duplicação de portões de acesso dos caminhões e reforma das vias de do porto.

"Além disso, estamos contratando 4 ship loaders (carregadores de navios) para os próximos 18 meses. Nossos equipamentos atuais permitem movimentar 1.500 toneladas por hora. Os novos, 2 mil toneladas."