18/06/08 15h01

Telecomunicações devem receber US$ 153,4 bi em 10 anos

O Estado de S. Paulo - 18/06/2008

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) estima que as empresas do setor de telecomunicações investirão R$ 250 bilhões (US$ 153,4 bilhões) ao longo dos próximos dez anos. Segundo o superintendente de Serviços Privados da agência, Jarbas Valente, a conta inclui todos os investimentos dessas empresas, o que inclui expansão (por meio da compra de outorgas), a própria operação, a ampliação das redes e a melhoria de serviços. A previsão faz parte do chamado Plano Geral de Atualização da Regulamentação das Telecomunicações no Brasil (PGR), que foi colocado ontem em consulta pública pela Anatel. O PGR é, na verdade, um conjunto de metas que serão buscadas pela agência no curto, médio e longo prazo. Antes da privatização, em 1995, o Ministério das Comunicações publicou um documento chamado Perspectivas para a Ampliação e Modernização do Setor de Telecomunicações (Paste), que fazia projeções de crescimento dos serviços. A última edição do Paste foi publicada pela Anatel em 2000, com estimativas de crescimento até 2005. Desde então, não existia um documento oficial que mostrasse ao mercado os objetivos da política pública. Na estimativa de R$ 250 bilhões (US$ 153,4 bilhões) em investimentos, constante do PGR, a Anatel incluiu os setores de TV por assinatura, banda larga, telefonia fixa e celular. A Anatel também projetou o crescimento físico dos principais serviços de telefonia para os próximos dez anos. Assim, os telefones fixos passariam dos cerca de 40 milhões de hoje para 55 milhões em 2018. Já o acesso à TV por assinatura triplicaria, passando dos atuais 6 milhões para 18 milhões em dez anos. Os pontos de internet rápida (banda larga) pela rede fixa, por sua vez, saltariam dos atuais 8 milhões para 40 milhões. Já a internet em alta velocidade pelo celular, que está apenas começando e hoje tem 800 mil acessos, chegaria a 125 milhões de pontos em 2018. O acesso ao celular como um todo - incluindo banda larga - subiria dos atuais 130 milhões para 270 milhões em 2018.