18/08/09 11h44

Tecnologia da informação atrai Indra e Serena ao Brasil

DCI

O efeito negativo da crise econômica nos países europeus continua a atrair investimentos de companhias estrangeiras para o Brasil, como é o caso da gigante espanhola Indra, desenvolvedora de softwares de gestão. A empresa, que faturou 108 milhões de euros no primeiro semestre, puxada pelas vendas na América Latina, pretende quintuplicar os investimentos no País entre este ano e o próximo, para fazer do Brasil o país mais rentável da companhia entre as nações latinas, posição que atualmente é ocupada pelo México.

A Indra conseguiu ampliar sua atuação na região do Cone Sul há cerca de dois anos, quando adquiriu as empresas espanholas Azertia e Soluziona. "Com a compra da Azertia adquirimos conhecimento no setor bancário e com a Soluziona conseguimos experiência no segmento de energia", disse Joaquín Díaz García, presidente da Indra Brasil, em entrevista exclusiva ao DCI.

Segundo García, os investimentos no Brasil entre 2009 e 2010 devem ser quintuplicados para expandir a atuação da companhia no País, com a construção de dois centros de pesquisa e desenvolvimento, inauguração de um escritório no Rio de Janeiro, além da aquisição de mais uma empresa de tecnologia atuante no Brasil. Segundo García, o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento localizado em Campinas (SP) desenvolve uma plataforma tecnológica específica para os mercados de petróleo e energia. Os outros dois, que ainda estão em desenvolvimento e se situam em Alphaville (SP) e em Belo Horizonte (MG), devem ser focados nos segmentos de bancos/telecomunicações e energia, respectivamente.

A norte-americana Serena, especializada em soluções tecnológicas para sistemas de desenvolvimento e processos de trabalho, planeja investir, entre 2009 e 2010, um montante de US$ 3 milhões para expandir a presença local da companhia, que até pouco tempo trabalhava por meio de parceiros e distribuidores regionais. Em julho, a empresa abriu um escritório em São Paulo para gerenciar o Cone Sul da América Latina. A expectativa é encerrar o ano com crescimento de 30%.