Tecelagem para fora
Folha de S. PauloA Rhodia, do grupo belga Solvay, do setor químico, aumentará as exportações de fios têxteis a partir do Brasil.
Os embarques serão propulsionados pelo lançamento no exterior de um fio biodegradável que já é vendido no mercado interno.
A meta da empresa é que o comércio com outros países chegue a 20% do faturamento em dois anos. Em 2014, representou 9%.
O fio biodegradável da companhia levou cinco anos para ser desenvolvido e se decompõe em três anos após ser descartado em aterro sanitário –o produto identifica a quantidade de oxigênio no local para começar a se desintegrar. Fibras sintéticas normais demoram cinco décadas para se desfazerem.
"Até 2020, todos os nossos fios deverão ser biodegradáveis", afirma o presidente global de fibras do grupo Solvay, Renato Boaventura.
Enquanto as exportações da empresa avançam, as vendas domésticas recuam. O executivo diz que a baixa será um pouco superior a 15% –a média do setor têxtil.
Hoje, a fábrica da Rhodia em Santo André atua com 30% de ociosidade. "A demanda está retraída, mas o ajuste cambial deverá dar um fôlego à indústria."