Taubaté vai ganhar segundo parque tecnológico da região

O Vale

Prefeitura, Unitau e Ciesp firmam acordo para instalação de nova unidade empresarial nos mesmos moldes de São José

O Parque Tecnológico de Taubaté começa a ‘ganhar corpo’. Universidade de Taubaté, prefeitura e Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) trabalham no projeto que irá definir a formatação da unidade.
Duas reuniões, sendo a última na sexta-feira, foram feitas para debater o assunto. As partes envolvidas no projeto querem definir quem serão os parceiros do parque, a vocação da unidade e como será sua gestão.
“O projeto está caminhando. Estamos estudando os modelos existentes e formatando a proposta de maneira consistente para ser apresentada aos candidatos a prefeito, pois a prefeitura será majoritariamente parceira”, disse o diretor regional do Ciesp, Fábio Duarte.
Também está sendo estudada a participação de outras cidades no desenvolvimento da unidade.
“Uma dúvida grande é a possível participação de outros municípios na empreitada, ajudando no custeio e usufruindo das tecnologias e empresas geradas”, disse Duarte.

Estrutura. Após duas reuniões, ficou decidido que o local irá abrigar um ‘Museu da Indústria’, uma incubadora de empresas e uma central de apoio institucional.
Inicialmente, a proposta do Ciesp seria utilizar a estrutura dos galpões da praça CTI, próximo ao Departamento de Arquitetura da Unitau, na região central da cidade.
O economista do Nupes (Núcleo de Pesquisas Econômico-sociais) da Unitau, Luiz Carlos Laureano, salienta que o modelo de funcionamento das empresas incubadas favorece toda a região.
“O polo é de grande importância para o país. Precisamos desenvolver novas tecnologias. Exportamos hoje imensas quantidades de soja, sendo que importamos um chip pequeno, quase de mesmo custo que uma tonelada de soja”, afirmou Laureano.
O economista ressalta que Pindamonhangaba possui projeto semelhante.

Proposta. A ideia da criação de um parque tecnológico em Taubaté é antiga. No ano passado, a Unitau solicitou à prefeitura a doação de um terreno para instalar o parque e também a cidade universitária, que unificaria os departamentos já existentes.
O Ciesp entrou no projeto para mediar a atração da iniciativa privada ao parque.
A intenção é que empresas da cidade ditem a vocação da unidade, instalando no parque centros de desenvolvimento de pesquisas voltadas para sua necessidade.
“Estamos no ponto de decidir se será um centro ou parque tecnológico, quem serão os parceiros efetivos, qual deverá ser a vocação tecnológica para ancorar a estruturação e como será o estatuto de gestão do futuro centro ou parque tecnológico”, disse Duarte.

Atuação. Existem no Estado 30 iniciativas de criação de parques tecnológicos.
A primeira unidade neste modelo de gestão foi implantada em São José dos Campos em 2006. O governo do Estado, por meio do programa Investe São Paulo, disponibiliza R$ 600 mil para estudos em cada parque.
O Parque de São José abriga unidades de pesquisa da VSE (Vale Soluções e Energia), Embraer, e outras 27 empresas.
Nos próximos anos, o local receberá unidades da Unesp (Universidade Estadual de São Paulo), Unifei (Universidade Federal de Itajubá) e UAB (Universidade Aberta do Brasil), que irão se juntar à Fatec (Faculdade Técnica) e Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), já presentes.
O parque também irá sediar um centro de formação aeronáutica do Senai.