Tablets nacionais devem chegar 40% mais baratos

DCI

O ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, afirmou na sexta-feita que a redução dos preços dos tablets produzidos no Brasil poderá chegar a 40%, se comparados aos que existem hoje no mercado, em razão dos incentivos fiscais na esfera federal, estadual e municipal. Essa estimativa, mais baixa que a anterior, leva em conta os 31% de renúncia fiscal que o governo federal adotou para estimular a produção local acrescidos de benefícios e isenções oferecidos por estados e municípios onde as fábricas estarão localizadas. No caso da Foxconn, é a cidade de Jundiaí, no interior de São Paulo. Aliás, a multinacional responsável pela produção de iPads informou na sexta-feira que os produtos devem demorar um pouco a chegar às lojas porque a empresa enfrenta dificuldades para concluir sua instalação e deve iniciar a fabricação só em setembro. Mercadante afirmou que já existem oito empresas licenciadas para produzir tablets no Brasil, dentro das regras de isenção, dentre as quais estão HP, Samsung, Positivo e Semp Toshiba.

A política de isenção deve ser estendida a outros eletroeletrônicos. Mercadante revelou ainda que o governo aplicará as mesmas regras destinadas aos tablets a equipamentos como celulares e televisores. Ele elevou o tom do discurso ao afirmar que o déficit comercial desse setor está na casa de US$ 19 bilhões e que o governo quer reverter esse quadro. "Somos o quinto maior mercado mundial em vendas, mas com base nas importações", disse. Para reverter isso, é preciso aumentar a exigência de conteúdo nacional para outros equipamentos assim como foi feito para os tablets. "Para ter incentivo, terá que produzir por aqui", disse.