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Suzano descarta exercer direito na PQU

Valor Econômico - 03/08/2007

A Suzano Petroquímica não vai exercer o direito de preferência na compra das ações da Dow Brasil na Petroquímica União (PQU), o que faria a empresa elevar sua fatia de 7% para quase 10% no controle da central de matérias-primas do ABC paulista. "Esse não é o melhor uso para o dinheiro dos acionistas", explicou o co-presidente da Suzano Petroquímica, João Nogueira Batista, que justificou que a operação não muda em nada os direitos políticos da empresa na PQU. A petroquímica, controlada pela família Feffer, teria de desembolsar cerca de R$ 25 milhões (US$ 13,3 milhões) para exercer a opção até o dia 25 de agosto, mas decidiu apenas manter a atual participação, que dá direito a um assento no conselho de administração. A Unipar pagou R$ 210 milhões (US$ 111,7 milhões) pela fatia da Dow na PQU e uma fábrica de polietileno da empresa americana. Com isso, a companhia obteve mais de 75% do controle da PQU, obtendo maioria qualificada nas decisões estratégicas da central. Suzano e Unipar são os favoritos para liderar o processo de consolidação da petroquímica no Sudeste, mas possuem posições divergentes. Mais uma vez, a Suzano deixou clara sua oposição a um controle compartilhado dos ativos petroquímicos, como sugere a Unipar. "Este modelo exige consenso para tudo", disse Nogueira, classificando-o de 'ditadura da minoria', uma vez que, se houver o veto de um sócio, a decisão não é tomada.