Superavit entre os maiores
Folha de São Paulo - Mercado Aberto
O Brasil teve superavit de US$ 2,1 bilhões com os seus 25 principais parceiros comerciais em 2011.
O intercâmbio de produtos do Brasil com cada um desses países representou ao menos US$ 4 bilhões. Somadas, o valor total das 25 relações comerciais brasileiras mais volumosas no ano passado chegou a US$ 380,1 bilhões.
A China foi responsável pela corrente de comércio bilateral mais elevada e pelo maior superavit brasileiro em 2011, de US$ 11,5 bilhões.
"Mesmo com esse resultado e a crescente demanda por produtos brasileiros, a China tem uma posição confortável ante o Brasil por exportar produtos industrializados, de valor menos vulnerável", diz Kjeld Jakobsen, presidente do Instituto para o Desenvolvimento da Cooperação e Relações Internacionais e mestre no assunto pela USP.
Apesar de acumular superavit de US$ 2,1 bilhões no saldo total com seus principais parceiros, o intercâmbio foi deficitário em 14 dos 25 casos.
Entre os quatro países da América do Sul que foram analisados, apenas a Bolívia leva vantagem sobre o Brasil.
"A capacidade boliviana para importar os produtos industrializados brasileiros é muito reduzida, então não conseguimos nos impor como aos outros vizinhos continentais", afirma o professor do Insper Régis Braga.
Na Europa, há equilíbrio: o Brasil tem deficit com quatro países e superavit, com cinco. "Já temos tecnologia para produzir o que antes importávamos de lá", diz Braga.