04/07/08 14h56

Sundown lançará moto flex fuel no Brasil até o final de 2008

Gazeta Mercantil - 04/07/2008

Um dos fundadores da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), Ozires Silva afirma não ter dúvidas de que um dos maiores desafios do mundo contemporâneo é encontrar soluções que facilitem a mobilidade. Nesse contexto, o motor elétrico se tornará não só algo factível comercialmente, mas uma moeda valiosa. Na condição de presidente do conselho da Brasil & Movimento - controladora da Sundown, fabricante de motos e bicicletas -, Ozires Silva está decidido a colocar em prática as suas convicções. Em entrevista exclusiva à Gazeta Mercantil, ele afirmou que a Sundown vai dar até o final do ano aquele que é o primeiro passo na busca por novas "soluções de mobilidade". Trata-se do lançamento da motocicleta flex fuel (álcool e gasolina), uma novidade no mercado brasileiro. Numa segunda etapa será vez da motocicleta e da bicicleta elétricas. No futuro, será a vez do carro movido a eletricidade. "O lançamento da moto flex fuel será em 2008, mas a produção começará em 2009". Uma das possíveis parceiras nessa empreitada é a Renault, que mantém pesquisas nessa área. Novidade no mercado brasileiro de motos, o sistema flex fuel será lançado na linha Max. Essa moto será comercializada pelo mesmo valor do produto convencional hoje disponível no mercado, entre R$ 5 mil (US$ 3,13 mil) e R$ 6 mil (US$ 3,75 mil). Ambiciosos, os planos de Ozires Silva para a Sundown se explicam em grande parte pelo contexto dos mercados nos quais a Sundown atua, especialmente no de motos, o carro-chefe para a empresa - 75% do faturamento advém desse segmento, contra 20% de bicicletas e 5% de peças. Quarta maior fabricante de motocicletas do País, a Sundown se movimenta para avançar num mercado que passou a contar com dois novos concorrentes nos últimos tempos: Traxx e Dafra. A liderança do segmento está com a Honda (79,3%). A Yamaha vem em seguida com 12,7%. Sundown é a quarta com 4,5% - embora os dados de Suzuki não constem na lista da Abraciclo, por ela não ser associada, as empresas do setor a situam na terceira posição. No que se refere aos resultados, a empresa se diz otimista. A receita líquida de toda a Brasil & Movimento foi de R$ 107,7 milhões (US$ 67,3 milhões) ao final do primeiro trimestre de 2008, um crescimento de 20,6% sobre mesmo período de 2007. Só a divisão de motos da companhia cresceu 20,3%.