Stellantis prevê que 20% do mercado brasileiro será de plug-ins em 2030
Montadora garante que vai produzir carros elétricos e híbridos no Brasil, só que em um processo gradual e equilibrado
Automotive BusinessA Stellantis não cansa de bater na tecla de que a hibridização é o caminho mais viável para a transição energética no Brasil. E dentro desta estratégia, a montadora vislumbra que dois em cada 10 carros vendidos no país em 2030 serão plug-ins - híbridos ou totalmente elétricos.
A projeção foi reforçada por João Irineu Medeiros, vice-presidente de assuntos regulatórios da Stellantis. Durante encontro com jornalistas na Rio Innovation Week, que aconteceu na primeira semana de outubro na capital fluminense, o executivo reforçou que todas as plataformas Bio-Hybrid, apresentadas em agosto, serão usadas no Brasil.
Para tal, Medeiros ressaltou que é preciso fazer o processo de descarbonização no Brasil que envolva também o parque de fornecedores. Porém, tudo de forma gradual.
“Precisamos localizar essa cadeia de forma equilibrada economicamente, socialmente e ambientalmente. Uma transição da cadeia produtiva de forma que não acabe com a indústria e que o país passe só a importar carros”, afirmou o vice-presidente da Stellantis.
Pelas projeções da Stellantis, 20% de todos os carros vendidos no Brasil em 2030 serão eletrificados plug-ins. Ou seja, dois em cada 10 carros emplacados no fim da década serão ou totalmente elétricos, ou híbridos que possibilitem o carregamento da bateria na tomada.
Stellantis vai fazer elétrico no Brasil
Não entram na conta as primeiras soluções híbridas que a Stellantis prepara para o país. No segundo semestre de 2024 a fabricante vai lançar o primeiro carro com a plataforma Bio-Hybrid (provavelmente um Fiat), só que no sistema híbrido leve, no qual uma pequena bateria de 12V faz as vezes de gerador.
Só depois virão o e-DCT (provavelmente 2025/26), o híbrido convencional, e o PHEV, o híbrido plug-in, que deve chegar até 2028. Por fim, o 100% elétrico. Medeiros confirmou que o plano da Stellantis é fazer todas as quatro arquiteturas aqui a longo prazo.
“A bio-hibridização é o sistema mais democrático e acessível deste processo de descarbonização no Brasil”, reiterou o executivo, lembrando que a plataforma totalmente elétrica tende a evoluir até a produção local.
“Um dia vamos fazer o motor elétrico no Brasil, mas talvez em um outro modelo”, explicou o executivo.