22/09/20 13h50

Startup para administrar trabalho remoto recebe aporte de R$ 1 milhão

O investimento foi liderado pela Iporanga Ventures. A Fieldlink aposta no crescimento de sua solução para o segundo semestre. Expectativa é dobrar faturamento em 2020

Pequenas Empresas e Grandes Negócios

O gerenciamento do trabalho remoto está em voga ultimamente -- mas a Fieldlink aposta na ideia desde 2016. A startup recebeu um aporte semente de R$ 1 milhão, liderado pela Iporanga Ventures, para desenvolvimento de produto e esforços comerciais. Depois de meses com empresas congelando investimentos, a Fieldlink está otimista para o resto do segundo semestre. A expectativa é dobrar o faturamento em 2020.

O cofundador Diego Cueva conta que a ideia veio de uma empresa anterior, que distribuía equipamentos de monitoramento e telemetria. "A empresa cresceu e tivemos de contratar funcionários como técnicos. Nós não cuidávamos mais do cliente por conta própria e era um desafio acompanhar esse atendimento. Foi uma dor grande para nós", diz Cueva.

Daí surgiu a ideia de aplicar a análise de dados oferecida nos equipamentos também para a gestão de pessoas em trabalhos de campo. O Fieldlink abriu o próprio CNPJ em 2016. A startup oferece uma plataforma flexível para gestão remota de funcionários e processos.

Os técnicos de campo geralmente precisam tomar decisões por conta própria. Por meio de um aplicativo, eles são pareados às melhores atividades para seus perfis com base em uma inteligência artificial da Fieldlink. Depois recebem informações sobre as tarefas e podem mostrar quais delas terminaram por meio de um checklist. Por fim, o gestor monitora a atividade por meio de geolocalização ou histórico de chamadas. Também pode sempre acessar esses resultados por meio de relatórios gerados após o cumprimento de cada lista de tarefas.

A Fieldlink já executou mais de 100 projetos para empresas de diversos portes, principalmente as maiores. Nos últimos meses, a gestão remota também incluiu funcionários administrativos. "De um dia para o outro, as empresas tiveram de colocar centenas de funcionários em home office. Nos aproximamos desses clientes e garantimos que os processos foram migrados da maneira correta. Não perdemos nenhum cliente e novas empresas entraram", diz Cueva.

Depois de primeiras semanas difíceis na pandemia, com empresas congelando investimentos, a revisão de processos voltou à mesa. A startup espera que boa parte do seu crescimento venha deste segundo semestre, com empresas coordenando um modelo híbrido de trabalho. "A cultura de trabalho brasileira acelerou anos em apenas alguns meses", afirma o cofundador. A Fieldlink costuma dobrar seu faturamento ano a ano. Em 2020, procura manter a mesma proporção.

A Fieldlink já havia captado um aporte anjo de R$ 500 mil em 2016. O novo capital será usado para desenvolvimento de produto e esforços comerciais. O investimento de R$ 1 milhão se tornou parte do portfólio da Iporanga Ventures. Faz parte do fundo mais recente da gestora, lançado em setembro de 2019 e com R$ 125 milhões captados. A Iporanga já aporou em startups como Bxblue, Classpert e StarkBank.

Leonardo Teixeira, sócio na Iporanga Ventures, conta que conheceu os empreendedores da Fieldlink em 2016. "Dois pontos foram importantes para a decisão. Primeiro, um time com potencial de execução e um produto com diferencial tecnológico e boa experiência do cliente. Segundo, o mercado de gestão remota é grande e ainda tem potencial de entrada de um novo player e crescimento."

fonte: https://revistapegn.globo.com/Startups/noticia/2020/09/startup-para-administrar-trabalho-remoto-recebe-aporte-de-r-1-milhao.html