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Sperian quer ampliar vendas e exportar a partir do Brasil

Gazeta Mercantil - 15/04/2008

A multinacional francesa Sperian Protection, fabricante de equipamentos de proteção individual, quer ampliar sua presença no Brasil. Hoje, a empresa possui pouco menos de 1% de participação em um mercado que movimenta cerca de R$ 1,5 bilhão (US$ 857,1 milhões), segundo estimativas com base em dados da Associação Nacional da Indústria de Material para Segurança e Proteção ao Trabalho (Animaseg), e a meta é alcançar 5% nos próximos dois anos. Com a inauguração da fábrica em Jundiaí (SP), no próximo dia 16, Christian Steyer, vice-presidente e diretor-geral no Brasil, espera deslanchar os negócios da companhia, já que passará a competir de igual para igual com os concorrentes que já possuem produção local, como a 3M. A produção doméstica fará com que os produtos da empresa cheguem ao mercado com preços até 10% menores que os atuais. "Mas o principal motivo para a instalação da fábrica foi a disponibilidade dos produtos no Brasil e na América do Sul, que será mais rápida", disse o executivo. Três linhas de produção serão prioridade da empresa: de proteção respiratória (máscaras), auditiva e visual (óculos). Juntas, as vendas dessas três linhas totalizam 70% do faturamento da empresa. Os setores da indústria que mais demandam esse tipo de equipamentos são o químico e o petroquímico, mas Steyer contou que a procura tem crescido em todos os setores industriais, ganhando espaço principalmente entre as pequenas e médias companhias, que antes não tinham representatividade no mercado. Segundo ele, por ano, cresce cerca de 15% o número de indústrias que começam a usar equipamentos de proteção. No ano passado, a Sperian cresceu 24% no Brasil. A meta é repetir esse índice este ano em que inicia a fabricação local. A produção da fábrica de Jundiaí será de 5 milhões de máscaras e 15 milhões de pares de proteção auditiva nos primeiros seis meses. A unidade também produzirá óculos nesse primeiro momento. As outras linhas serão instaladas ao longo do ano. A produção representa 40% da capacidade da fábrica. "Na verdade nós temos mais problema de espaço físico do que de espaço produtivo", contou Steyer. Por conta desse problema, a empresa deve investir em um centro de distribuição próximo a fábrica de Jundiaí nos próximos anos.