31/05/11 14h10

SP retoma projetos na Baixada, mas pode rever ideia de PPP

Valor Econômico

O governo de São Paulo vai retomar em junho dois importantes empreendimentos na região metropolitana da Baixada Santista, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e a ligação entre as cidades de Santos e do Guarujá - essa última considerada uma das principais vitrines da gestão de Geraldo Alckmin (PSDB). Segundo o secretário estadual de Desenvolvimento Metropolitano, Edson Aparecido, os novos projetos deverão ser apresentados ao governador até o fim do mês.

O VLT da Baixada Santista poderá deixar de ser uma Parceria Público Privada (PPP) para ter investimento totalmente público. O projeto foi revisto porque a licitação da sua primeira fase, no dia 1º de fevereiro, não teve interessados e foi considerada deserta. O novo projeto, trabalhado em conjunto com a Secretaria de Transportes Metropolitanos, deve ficar um pouco mais caro - cerca de R$ 800 milhões (US$ 500 milhões), frente a R$ 700 milhões (US$ 437,5 milhões) na primeira versão - por prever uma extensão até a área santista do Valongo, onde a Petrobras está construindo sua sede administrativa da Bacia de Santos. O empreendimento inclui, além do VLT, uma integração com o sistema de ônibus local e interurbano.

"Os técnicos das duas secretarias fizeram na quinta-feira passada uma apresentação e agora vai ser feito um estudo de viabilidade econômica para decidirmos se vai ser uma PPP ou não", diz o secretário estadual. O projeto inicial era uma PPP com concessão por 25 anos. O começo das obras era esperado para este ano e a entrega da primeira fase para 2013. Segundo Aparecido, a extensão do VLT até Valongo deixará a nova versão mais interessante para a iniciativa privada, já que a Petrobras empregará cerca de 7 mil funcionários. "E já estamos prevendo a expansão para Praia Grande", comenta Aparecido.

O projeto de ponte estaiada que ligaria as margens do porto nas cidades litorâneas de Santos e do Guarujá, por sua vez, foi totalmente descartado. O empreendimento chegou a ter uma maquete inaugurada pelo então governador José Serra (PSDB) em março do ano passado, às vésperas de o tucano deixar o cargo para disputar a Presidência da República, mas foi considerada inviável pelo atual governo.

Aparecido destaca, no entanto, que a obra é muito importante, e por isso estão sendo estudadas alternativas. "Para um caminhão sair da margem esquerda do porto e ir para a margem direita, ele percorre 43 km num canal que tem 400 metros", afirma. Segundo o secretário, o governo agora está analisando duas opções de investimento. Uma delas é a construção de uma ponte na região de ampliação do porto de Santos, e a outra é um túnel, já estudada anteriormente pelo governo.